Atenção: Antes de qualquer coisa eu preciso deixar claro que a ideia original dessa estória pertence à Kelle Cristine (@LeleChou) ela decidiu parar de escrever a fic no começo do terceiro capitulo. Contudo eu não parava de ter ideias para a mesma e então o contexto da trama foi usado como base para a atual história. Ela conta com partes da narração original, porém com alterações. Basicamente os dois primeiros capítulos conservam a essência dos originais com a trama modificada e adições conforme meu estilo e várias revisões. O esqueleto do terceiro capítulo original, por sua vez, foi o que deu embasamento para a ocorrência da “Karaokê Party” um pouco mais adiante na narração.

 


Couple Themes:

Teuk – Jenny : Hello – Beyoncé

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CAPÍTULO I


Sentando-se em frente ao computador, ao lado uma enorme xícara de café, e vários papeis sobre sua mesa com esboços de alguns projetos e ideias, assim começava mais um dia na vida de Isis, Aishi para os íntimos. Desde que se formou em design digital trabalha como diretora de artes gráficas de uma pequena produtora de comerciais, e com o fim do prazo de entrega de um comercial de roupas as coisas andavam corridas por lá. A garota mal respirava direito, enquanto tentava dar conta de seu trabalho.
Precisando pegar um vídeo na sala de edição, ela levanta-se de sua mesa, atravessando os outros setores, a área de pré-produção, a sala para reuniões de pauta, o que incluía os bastidores do estúdio de gravação.
– Me desculpe...  – Alguém disse depois de esbarrar nela.
– Tudo bem, a culpa foi minha, estava tão apressada que nem prestei atenção no meu caminho – O moço alto de cabelos castanhos lhe sorriu abaixando a cabeça sem graça.
– Eu sou Isis do setor gráfico e você quem é? Não me lembro de você por aqui.
– Meu nome é LeeTeuk, vou participar do comercial de perfumes. – respondeu ele com um sorriso.
– Ótimo, espero que tudo dê certo. – falou ela já saindo.
– Hey! Ainda lhe devo um pedido de desculpas, que tal almoçar comigo?
A garota se virou lentamente mirando-o, analisou seus olhos, definitivamente ele não estava dando encima dela, o rapaz estava apenas sendo gentil e por mais estranho que possa parecer Aishi se simpatizou com ele.
– A uma e meia tá bom pra você? – perguntou ele sorrindo, fazendo com que uma convinha se formasse no canto direito de sua boca.
– OK! Até mais tarde então. – falou já seguindo as pressas para a sala de edição.
 
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Sobre a mesa papéis espalhados, Priscila lia cada caso e separava-os por ordem de urgência, eram coisas pequenas, divórcios, pensões, pensões alimentícias, brigas de vizinhos. A garota era  uma advogada recém-formada, sonhava com seu primeiro caso importante, mas era paciente, sabia que logo o escritório de advocacia que abrira com os amigos da faculdade estaria famoso e os grandes júris estariam abertos pra ela.
- Não sei como uma garota tão bonita aguenta isso.
Pryh se assustou ao perceber que tinha alguém em sua sala, ou melhor, sentado na cadeira a sua frente bagunçando a pilha de papéis que acabara de arrumar. A advogada não sabia se ficava com raiva pelo susto ou pela bagunça que o desconhecido havia feito. Mas fácil optar pelos dois.
– Quem é você? E o que faz aqui? – indagou metralhando o moreno com o olhar.
  – Calma linda! – disse ele com um sorriso sarcástico nos lábios. – Só estou esperando minha irmã, ela me disse que ficasse à vontade.
  – Com certeza não era “à vontade” na minha sala. – falou ríspida, enquanto tentava reorganizar os papeis da mesma forma que antes. Porém isso era apenas uma fachada, pois a garota estava com medo do individuo a sua frente.
  -Você deve ser o irmão da Ahra, certo?
  - Usou todos os seus conhecimentos de advocacia para descobrir isso minha linda?
  Ele perguntou rindo de escárnio, pois sabia que única asiática do escritório era sua irmã, ao mesmo tempo o rapaz se inclinava sobre a mesa, chegando mais perto.
  - Já está me irritando – ela queria dizer “assustando” – poderia esperar sua irmã lá fora? Senhor...
  - KyuHyun ... Cho KyuHyun – falou e levantou-se e indo até o outro lado da mesa, parando em frente a advogada, a qual ficou imóvel devido ao medo. Ele segurou-a pelo queixo e sussurrou em seu ouvido: – Você ainda vai ouvir muito meu nome.
Dizendo isso, saiu do local como se nunca tivesse entrado, deixando para trás uma Priscila petrificada.

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 “É só mais um teste, é só mais um teste” repetia Jennifer para si mesma em pensamento. A garota estava sentada no chão com as pernas cruzadas, tentava não reparar no número de pessoas a sua volta, que assim como ela, tentavam uma vaga naquela companhia de dança. Jenny, como era chamada, sonhava em ter sua própria companhia, mas enquanto isso pretendia ganhar experiência trabalhando para os outros. Seus pensamentos foram interrompidos quando um rapaz arrogante adentrou na sala e mesmo desejando com todas as forças que não o fizesse, mas ele se sentou do lado dela.
– Não pensei que viessem tantas pessoas... – comentou ele olhando em volta, e antes que Jenny pudesse dizer algo continuou – Pobres coitadas, vai ser tão triste pra elas quando forem rejeitadas. Jenny olhou pra ele esguelha e deu um suspiro de desdém.
– O que é? As pessoas têm que ser confiantes.
– E tem algumas que confundem confiança com arrogância, Argh! – A garota iria dizer-lhe mais algumas coisas, mas a chegada da assistente da companhia interrompeu-a.
– Só temos vaga pra um casal, assim, vocês serão chamados de dois em dois, duplas essas que já foram escolhidas com base no vídeo de inscrição de vocês. O resultado sai ainda hoje, no caso de empate os concorrentes se apresentaram de novo até que o júri chegue a uma conclusão. No mais, boa sorte! – falou ela e começou a informar às pessoas que formariam os parceiros de dança. Depois de alguns nomes chamados chegou à vez de Jenny e pra seu desespero era justo com o “Sr. Confiança”.
Praguejando a pessoa que escolheu os pares ela seguiu para a sala onde seria realizado o teste. De frente ao júri os dois tiveram que dançar juntos, porém aquilo parecia mais uma briga de rua do que uma entrevista de emprego. Ambos só queriam, a todo custo, mostrar quem era o melhor. Depois de alguns minutos que pareciam horas devido ao desconforto e rixa a música parou.
– Muito bom. – saudou um dos jurados. – As outras duplas ficaram tão nervosas por serem avaliadas, mas vocês... Estavam totalmente à vontade, parabéns! Até agora foram os melhores.
Ao ouvirem isso fizeram uma reverencia e deixaram a sala, encaminhando-se ao local em que aguariam o restante das avaliações.
– Não sei como puderam escolher você... – alfinetou Jenny com cara de nojo.
– ”EU” tenho talento, não preciso de um par de seios de silicone. – falou ele todo esnobe. Com esse comentário a garota ao seu lado explodiu, levantando-se.
– O QUÊ??! Para a sua informação meus peitos são de verdade, e segundo eu nunca precisei deles pra facilitar nada na minha vida, você nem me conhece, então cala a sua boca. – despejou ela irada.
Mesmo sentindo um ódio enorme por ela, o rapaz ficou satisfeito em tê-la irritado. – Se você acha que esfregar os peitos na cara de alguém não te ajuda em nada, por que mesmo assim o faz?
– Que saber? Não vou ficar discutindo com um baixinho como você.
Ela disse virando de costa. Ele levantou nervoso, a estatura era seu ponto fraco.
– Eu não sou baixinho, tenho 1,75cm, sou maior que você.
– Você, melhor do que ninguém deveria saber que meio centímetro não faz nem cócegas. – rebateu Jennifer olhando para o meio das pernas do rapaz.
DongHae estava para explodir também, se isso acontecesse iria rolar um barraco daqueles, mas felizmente a assistente entrou na saleta interrompendo qualquer situação constrangedora que viesse a ocorrer.
– Senhorita Jennifer, Senhor DongHae... Acompanhem-me, por favor.
Os dois pegaram suas coisas ainda se encarando e a seguiram.

~~~~*~~~~

As três garotas chegaram a casa em que moravam ao mesmo tempo. Jenny abriu a porta se jogando no sofá. O rosto mostrando a raiva que sentia do rapaz que queria ter matado. Mas o que se via por fora não era nem metade do que ela sentia por dentro, como a ponta de um iceberg, a maior parte esta escondida sob a superfície.
  – Maldito dia! – Praguejou.
  Pryh com as correspondências na mão se sentou ao lado dela. A advogada ainda estava confusa com o acontecimento do escritório. Só agora havia percebido que se a mesma cena tivesse acontecido com outro cara ela teria defenestrado[1] tal pessoa.  Porém não o fez, pelo contrario, ficou bastante assustada com o garoto. Aquilo não era uma reação normal.
– Estranho dia. – Suspirou.
Aishi que voltava da cozinha com três latinhas dos respectivos refrigerantes favoritos das garotas se juntou a elas no sofá com um sorriso nos lábio. – Que belo dia. – disse alegremente ao entregar-lhes as latas. – Hey! O que esta pegando aqui? – perguntou ela ao ver que as expressões de suas amigas não eram tão boas.
– Eu quase fui atacada por um tarado lá no meu escritório. – contou a advogada sem tirar o olho das cartas,
– O QUÊ?! – Jenny e Aishi disseram em uníssono.
– É o irmão mais novo de uma das meninas do escritório, apareceu na minha sala do nada, me chamando de linda e me olhando estranho. – Pryh se arrepiou de medo só de lembrar.
– Seu dia não foi pior que o meu. – Jennifer confortou-a jogando a cabeça para trás com um bico enorme nos lábios.
– Não passou no teste? – Perguntou Aishi pensando em formas de consolar a amiga.
– Passei.
– E então?
– Mas vou ter que dançar com um completo idiota. – Jenny trincou os dentes e socou uma almofada. – E você Aishi? Que sorriso é esse? – a garota mudou de assunto para não se irritar ainda mais.
– Conheci um carinha hoje... – começou ela sorrindo.
– Ih, já tá de rolo. – Pryh disse rindo sacana.
– Pior que não. – rebateu a outra. – A gente saiu pra almoçar, mas não rolou esse tipo de química. Era como se fossemos amigos há muito tempo.
– AMIGOS? Sei... Sei muito bem, isso é sempre o começo de tudo. – Jenny debochou.
– Aishi e Jenny ficam conversando enquanto Pryh lia uma carta em especial.
– Ah não! – falou a advogada como se tivesse recebido a noticia de que seu cantor favorito iria parar de cantar.
– O que foi Pryh? – as outras duas voltaram à atenção a amiga.
– O aluguel e os impostos dobraram de valor. – falou apontando para o papel em sua mão.
– Maldito shopping! – Jenny exclamou com raiva.
As três moravam em uma casa gigantesca em um bairro nobre no Canadá, dois pavimentos, oito suítes, duas piscinas e mini academia, mas como a região era calma, o preço bom, e ainda ficava perto de tudo, o tamanho exagerado não foi problema na hora de alugar o local, mas com a construção do novo shopping a poucos metros dali, elas sabiam que logo as coisas mudariam.
– Temos duas opções. – disse Pryh encarando as amigas – ou nos mudamos, ou conseguimos mais gente pra dividir as despesas.
–Eu não quero me mudar daqui. – Jenny fez bico.
– Eu também não – Pryh olhou pra Aishi que mesmo rabiscando alguma coisa assentiu. – Então só nos resta a segunda opção.
– Mais mulher não, nós três de TPM já é insuportável, imagina mais uma? – Jenny indagou revirando os olhos.
– Mas duas você quis dizer. – Aishi parou de anotar – Pelas minhas contas vamos precisar de mais duas pessoas pra fazer o orçamento caber e o melhor seriam três pra não ficar “apertado” pra ninguém.
  – Três homens dentro de casa? Nem pensar! – rebateu a advogada se levantando, uma expressão de incredulidade estampada no rosto.
  – Mas Pryh... – Jenny tentava argumentar.
  Priscila não era do tipo de pessoa certinha, pra falar a verdade nenhuma das três eram cada uma tinha a sua loucura. Mas já estavam morando em outro país, mesmo que já tivessem se passados dois anos, elas tomavam muito cuidado pra não criarem problemas desnecessários a sua estadia.
  – Se a gente souber escolher bem não vejo problema algum. – indagou Isis –  vai ser bem difícil enganar nos três. – completou ela convicta.
– Mas vamos perder nossa privacidade... – Priscila ainda tentou defender sua opinião. Porém no final das contas ela se deu por vencida, o argumento da maknae era válido. A única coisa que teriam de fazer era inspecionar bem os potenciais candidatos. Depois de chegaram a um acordo as três se dirigiram ao computador para fazerem os panfletos.
  – Agora é só colar isso em lugares estratégicos e esperar. –         Aishi disse admirando o anúncio.
  – Nada disso, precisamos discutir os requisitos básicos e fazer um contrato. – A advogada de plantão ataca novamente.
– Você tem que relaxar Pryh, é por isso que nunca consegue um namorado. É só a gente escolher os que forem menos idiotas e pronto. – Jenny disse rindo.
  – Olha quem fala. A senhorita “eu odeio homem”, primeiro quer trazer homens pra morar aqui e agora me aconselha a arrumar um namorado. Amiga, acho que você não tá legal. – rebateu a outra com um sorriso sarcástico, ganhando em troca um olhar mortal.
– Eu só penso de maneira prática, homens são todos uns imbecis, é muito mais fácil de controlá-los. – Replicou ela fazendo cara de inteligente.
  – Pensando assim vai quebrar a cara amiga. – Aishi interveio.
  – Eu já pensei diferente e quebrei a cara. – Jenny disse ríspida. – E você não conta, vê bondade em todo mundo.
  Aishi olhou pra Pryh esperando uma defesa, essa desviou o olhar fingindo que não era com ela. – Já vi que perdi. Mas então, como vão ser as entrevistas?
– Nós três temos que estar presentes. – Ponderou Jennifer.
– E para nossos gostos pessoais não interferirem na escolha... – essa foi uma indireta bem direta para Jenny.  – O voto da maioria vence, a não ser que a minoria tenha um bom argumento. – Priscila falava enquanto fazia anotações.
  Depois de mais ou menos uma hora elas já tinham um roteiro básico para as entrevistas. Com todas as perguntas que seriam úteis. Com a chegada da noite elas pediram alguma coisa para o jantar e se recolheram, bem cedo, em  seus quartos que ficam no segundo andar.



[1] Defenestrado: Do verbo “defenestrar”. Ato de atirar alguém ou alguma coisa pela janela. Em sentido figurado também pode significar “eliminar” determinada pessoa.


4 Comentários

  1. NOOOOOOOOSSSSSAAAAAAAAAAAAAA~
    Ficou lindo perfeito divo!
    Amei sua capa, amei a formatação da página, amei a estrutura da fic, AMO essa história já, e ~

    *o* ~

    Quero o capítulo 2! (nossa, fiquei autoritária agora... também, me dá folga~)
    Obrigada pelo trabalho Pryh *não que você esteja fazendo isso por mim, mas fico realmente agradecida de poder ler a fic na original*

    ~♥

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  2. Li de novo e de novo amei!~
    *o* ~ Suspiro ~ sinto que vou recomendar essa fic!
    A.D.O.R.O!
    Cara, você é tão boa ~ *o* ~

    Beijos~

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  3. Unnie, primeiro nem é trabalho postar, eu ia fazer isso de qualquer forma, foi até bom que fiz isso rapido.
    Agora, sem exagero né! Nem ta tudo isso ( ^.^')
    Espero que continue gostando *-*

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  4. Para quem quiser ler na original os capitulos que não estão no lolli ainda, segue a lista de nomes/perguntas

    Priscila - Seu Nome
    Pryh - Seu Apelido
    DongHae - Seu Idol
    Dong - Apelido
    Luana - Amiga 1 - Bailarina/dançarina
    Jenny - apelido
    LeeTeuk - Idol dela
    Teuk - apelido
    Isis - Amiga 2 - Designer Digital
    Aishi - Apelido dela
    KyuHyun - Idol dela
    Kyu - Apelido dele
    Cho - Sobrenome do idol

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