Jennifer chegou a casa com uma bandeja de café em cada mão. A bolsa estava equilibrada no antebraço direito, e era impossível conseguir abrir a porta sozinha. Apertou a campainha com o braço esperando que alguém viesse ajudá-la. Era isso ou deixar o café cair tentando girar a fechadura. A garota estava com raiva do atendente que a havia cantando enquanto esperava seus pedidos, e ter que ficar do lado de fora aguardando alguém a bondade de algum dos moradores da casa só estava aumentando sua fúria. Porém, para sua surpresa não ficou esperando muito, no entanto foi LeeTeuk quem atendeu-a. Vê-lo logo cedo não era algo agradável, não para ela. Mas, infelizmente teria que se acostumar com isso. O garoto foi pegar uma das bandejas para auxiliá-la, porém a menina tirou-a do alcance de suas mãos, respondendo um “Pode deixar eu levo” de forma rude enquanto já se dirigia para a cozinha. Ele observou-a se afastar enquanto ainda segurava a porta com uma das mãos. Aquela garota só podia sofrer de bipolaridade extrema, pois não havia explicação para agir assim, pensava ele.
– Que foi agora? – Perguntou Isis assim que Jennifer passou pela porta da cozinha.
– Um atendente idiota.
– Não vai me dizer que o carinha novo que tá trabalhando na Starbucks também te cantou? – perguntou Priscila e já começou a rir imaginando a cena.
– O idiota me perguntou se eu estava comprando tanto café pra ele não precisar levantar da cama para comprar mais quando agente acordasse de manhã na cama dele. – a garota falou irada.
– E o que você respondeu?
– Simples, disse: “Eu sinto muito, mas não tomo meu café da manhã no chiqueiro”, paguei o café e saí. – respondeu ela já começando a rir de se lembrar da cara de tacho do cara, Pryh e Aishi a acompanharam. Nesse momento LeeTeuk passou pela cozinha e viu  Jenny sentada a mesa, ainda gargalhando, fazendo com que ele tivesse ainda mais certeza sobre sua teoria de bipolaridade.
O rapaz resolveu deixar as esquisitices da menina de lado e foi ajudar KyuHyun a acordar DongHae, que havia voltado a dormir depois das garotas informarem que o café ainda demoraria mais um pouco. Porém quando passou pelo quarto do primeiro viu que o mesmo estava jogando videogame. O sunbae revirou os olhos, já devia imaginar que com a demora ele estaria vidrado no game. Na noite anterior ele havia brigado com o rapaz para ir dormir, já que seu quarto era próximo ao de Kyu e o maknae não parava de xingar – aos gritos – os alienígenas do  jogo.
– Kyu você não ia avisar pro DongHae que o café estava saindo? – perguntou o mais velho encostado no batente da porta.
– Ééé... Eu .. Droga morre logo!... Eu ia sim, mais antes resolvi... Cara que droga!.. Jogar uma partida... e...
– Já entendi, deixa que eu vou! – LeeTeuk desistiu. Se nem para falar com ele o Kyu não havia desgrudado os olhos da tela, ou parado de falar com a TV, quanto mais se levantar de lá.
O rapaz foi até o fim do corredor, a porta da direita, que estava aberta, era da o quarto da advogada, então só sobrava a da esquerda para ser o de DongHae. Bateu na porta. –  DongHae! Acorda as meninas já estão terminando o café, só falta você! – Encostou a cabeça na porta para ver se ouvia algum barulho. Nada.  Resolveu abri-la e assim que o fez encontrou o garoto parecendo um menino de cinco anos, dormindo todo torto, o rosto pendido de um lado, mal apoiado no travesseiro, e o braço caindo para fora da cama. O mais velho riu. – Hey! DongHae! – ele sacudiu o adormecido.
– Humm? Que foi? – perguntou o mais novo, os olhos menores que o normal e a fisionomia sonolenta. Sua capacidade de cair em sono profundo em pouco tempo era admirável.
– Todo mundo já está lá embaixo pronto pra tomar café, bem o Kyu não, mas as meninas pediram pra vocês descerem. – Falou ele e em seguida puxou o edredom em que o garoto havia se enrolado. – Anda levanta daí.
– Tá bom, tá bom, já tô indo. – levantou-se e saiu cambaleante rumo ao banheiro.
Alguns minutos depois ele se reuniu aos outro em torno da mesa. O clima do café da manhã estava um pouco tenso, já que Jennifer e o rapaz não podiam se olhar que já estavam trocando farpas, LeeTeuk que as vezes tentava apaziguar a situação também ganhava algumas respostas atravessadas. Priscila e Aishi estavam totalmente sem graça e mal conseguiam olhar para KyuHyun pela cena de mais cedo. No caso da mais velha ainda tinha o fato de que o garoto a assustava. Felizmente, ou não, já que ficava preocupada do mesmo jeito, os olhares dele pareciam estar direcionados a Isis.
KyuHyun mal terminou seu suco e já estava subindo as escadas correndo, provavelmente teria deixado o jogo pausado. Aishi, Jenny e Teuk não demoraram a segui-lo, iriam se arrumar para o trabalho. Logo restaram a mesa apenas Priscila, que havia começado a própria refeição por ultimo para servir as panquecas ainda quente a todos, e DongHae, por ter demorado um pouco mais a descer.
Começou a lavar os pratos distraidamente até que sentiu alguém bater em sua mão, olhou para o lado a tempo de ver o bailarino empurrá-la com o corpo, tomando seu lugar de frente à torneira.
– Hey, eu estava lavando! – reclamou ela.
– Você já fez o café, agora senta de descansa. – disse ele sorrindo.
– Não fui só eu, a Aishi fez o smoothie e o suco, e a Jenny comprou os cafés. – rebateu ela tentando voltar para o lugar, mas foi impedida pelo rapaz.
– E nós não fizemos nada, o combinado era ajudarmos, é o que eu tô fazendo. – a garota protestar novamente, então ele resolveu negociar. – Se quiser enxuga a louça, já que eu não sei onde guarda tudo, ainda.
– Você é muito teimoso sabia? – falou ela quanto pegava um pano de prato que estava pendurado num suporte perto do armário.
– Obrigado. – ele respondeu rindo.
Ficaram assim, DongHae lavava a louça e passava pra ela que enxugava e colocava em cima do balcão para depois mostrá-lo onde ficava tudo. A melhor parte era que como estavam trabalhando em dois demoraram metade do tempo que ela levaria para limpar tudo sozinha. E, não quebraram nada, como geralmente acontecia quando duas das garotas se reunião para fazer aquele mesmo trabalho.
– Bem, os talheres ficam na primeira gaveta prata aqui perto do fogão. Os pratos na parte vermelha em cima da pia, as vasilha e panelas na parte debaixo, e os copos ficam naquela parte com porta de vidro em cima do suporte de vinhos. O de cima dele é pra taças. – explicou ela, sob o olhar atento do garoto, enquanto guardava cada um dos objetos citados. – E... Droga eu me esqueci de guardar isso. – falou olhando para o mixer que Isis usara mais cedo, o eletrodoméstico ficava justamente na parte mais alta do armário e ela não alcançava.  Fora LeeTeuk quem havia retirando-o de seu lugar na noite anterior, pois aquelas garotas e as cadeiras da cozinham tinha belas histórias de tombos. – Será que o Teuk já se trocou? – perguntou ela mais para si mesma.
– Acho que já, por quê? – DongHae não notara que a pergunta não era pra ele.
– Nada eu ia pedir pra ele guardar isso pra mim em cima do armário. Se eu subir nessas cadeiras tenho onze chances em dez de levar um tombo.
– E eu não sirvo não é? – questionou ele indignado.
– DongHae, não é querendo te chamar de baixinho nem nada não, mais acho que você não alcança, até o Teuk custou pegar essa coisa ontem.
– Primeiro: já disse que era pra me chamar de Dong, segundo: me da isso aqui. – o rapaz tirou o aparelho das mãos dela e foi tentar colocar no lugar, porém era realmente mais alto que ele. – Droga! Bem que eu podia ter crescido mais. – resmungou.
– Sua estatura não é ruim. – a advogada tentou consolá-lo.
– Fala isso porque tem uma estatura boa pra uma garota. – falou ainda emburrado, colocando o mixer de volta no balcão.
– E quem disse que você não tem uma altura boa para um homem heim?
Ela parou na frente dele com as mãos apoiadas na cintura. O garoto a olhou e balançou a cabeça, nada do que ela fizesse poderia mudar sua opinião. Pelo menos era o que pensava, mas aquela menina quando metia algo na cabeça era impossível de tirar.
– Quer uma prova? –  falou ela lembrando-se do que um de seus professores havia lhe dito durante o curso. “Bons argumentos são ótimas estratégias, mas provas e exemplos são invencíveis. Ainda mais quando demonstradas.”
DongHae ficou imóvel ainda olhando-a sem entender. Priscila pediu licença e o abraçou apoiando o alto de sua cabeça na curva do pescoço dele. Por um impulso ele passou os braços em torno do delicado corpo que o abraçava. 
– Tá vendo, se você fosse muito alto eu não conseguiria fazer isso. Iria ficar com o rosto no seu braço, ou coisa do tipo. – riu. – Ou se fosse tão baixo quanto acha que é eu quem iria apoiar o queixo no alto da sua cabeça, não ao contrario. – concluiu ela, agora sentindo o cheiro gostoso da colônia que ele usava, pelo pouco que sentiu pode notar um claro sinal de uma essência marine amadeirada com notas de fundo âmbar. Um aroma delicioso.
– Tudo bem, você venceu. – respondeu ele agora mais calmo, com um meio sorriso nos lábios.
Antes que pudesse inebriar-se demais naquele cheiro ela se afastou, retribuindo o sorriso. Contudo antes de sair pra procurar pela escadinha de cozinha que devia estar em algum lugar da despensa o garoto a interrompeu.
– Tive uma ideia! – ele entregou pegou o mixer e entregou para a advogada. – Er, desculpe, mas é o jeito mais fácil.  – falou no mesmo tom com qual a garota pediu licença antes de abraçá-lo. Virou-a de costa, abaixou-se um pouco a segurando firmemente com os braços envoltos um pouco abaixo da cintura e a içou no ar. Assim a garota pode alcançar o alto do armário, onde depositou o aparelho.
– Nada como um bom trabalho em dupla. – falou sorrindo assim que seus pés tocaram o chão.
– Com certeza. – respondeu ele antes de sair em direção a seu quarto. Tinha de se trocar para mais um dia na companhia de Dança.

~~~~*~~~~

Priscila subiu correndo para se arrumar, por sorte havia deixado a roupa pronta antes de descer para tomar café. Entrou no quarto, fechou a porta e foi tomar banho, teve de ser rápida ou chegaria atrasada. Enrolou-se na toalha e foi para o closet. Pegou uma caça de alfaiataria preta, um top e blazer de manga curta, ambos brancos. E para finalizar um cinto combinado com o top, scarpin preto de bico fino, bolsa carteira em matelassê e alça de corrente. No pescoço e braço esquerdo, acessórios de cor prata. A garota olhou-se no espelho percorrendo a roupa com o olhar critico. Por fim aprovou sua produção.
– Pryh sinceramente não te entendo! Um sol forte lá fora e você ainda insiste em usar calça comprida. – Jennifer acabara de entrar no quarto e já estava reclamando da roupa da mais velha – Deixe suas pernas respirarem um pouco, veste uma saia, garanto que os caras do escritório vão adorar ver esse par de pernas desfilando por aí. – completou com uma cara maliciosa.
A advogada encarou a amiga pelo espelho enquanto prendia o próprio cabelo em um rabo de cavalo frouxo. Arrumou a franja para que cobrisse sua testa e colocou um par de brincos delicados antes de se virar e analisar a garota que estava sentada em um dos pufes do closet. Usava uma calça capri preta de tecido leve, t-shirt rosa com frases em amarelo. Sobre a camiseta o casaco de moletom que fazia par com a calça tinha letras num rosa um pouco mais escuro do que a cor da t-shirt. O cabelo também preso num rabo de cavalo frouxo, mas a franja estava posta de lado para não atrapalhar sua visão. Nos pés tênis de cor branca com salto plataforma. Enfim, uma roupa confortável para ensaiar.
– E você fala isso usando moletom né? – provocou a mais velha colocando um par de óculos escuros. Jennifer apenas sorriu e depois mostrou língua. – E ai tá pronta?
– Só vou pegar minha bolsa e meus óculos, pode me esperar no carro. – Disse ela e saiu.
Desde que Jennifer havia começado a trabalhar na nova companhia de dança ia de carona com Pryh para o trabalho, já ficava no caminho que a mesma tinha de pegar pra chegar ao escritório. Assim poderiam economizar uma viagem e passarem o tempo conversando. Pensando nisso ela acabou se lembrando de que DongHae também iria para o mesmo lugar, então resolveu perguntar se o rapaz gostaria de ir com elas. Atravessou o corredor e parou na porta de frente a sua, quando levantou para bater a mesma se abriu, dando passagem a um sorridente Dong. O rapaz vestia uma bermuda preta, com camiseta de capuz, essa era cinza até o meio do peito, onde havia uma faixa de cerca de cinco centímetros na cor branca e dali pra cima era cinza manchada de azul, lembrando uma lavagem jeans. Nos pés um sapatênis marrom de sola branca. Estava lindo com aquele look.
– Tem mais alguma coisa que fica guardado muito alto na cozinha? – brincou ele quando viu que ela havia ficado sem graça por quase ter dado um encontrão com seu corpo.
– Não. – ela riu sem graça e balançou a cabeça. – Só vim perguntar se você também quer uma carona para o trabalho, a companhia fica no caminho do meu.
– Hum... – olhou por sobre o ombro da advogada e viu Jennifer parada a porta do próprio quarto com cara de poucos amigos, provavelmente havia ouvido a pergunta. – Se, realmente, não for atrapalhar, por mim tudo bem. Só preciso arrumar uma coisa na minha mochila e já desço.
– Tudo bem, te encontro lá embaixo. – disse ela e voltou ao quarto para pegar as chaves.
– Pryh! Eu não acredito que você fez isso! – Jennifer entrou no quarto fechando a porta atrás de si. Pelo menos o rapaz não ouviria a possível discussão. – Você sabe que eu não vou com a cara dele e me chama o traste pra ir com agente. – ela sentou-se com tudo na cama, parecia uma criança quando a mãe diz que vai ter que dividir algo com o irmão.
Priscila que estava procurando a chave na bancada próxima ao espelho apenas continuou a abrir e fechar as gavetas, deixando que a garota resmungasse todas as suas frustrações. Quando finalmente acabou ela já estava com as chaves na mão, encostada no móvel de madeira encarando a menor com uma cara paciente.
– Terminou? – a outra acenou com a cabeça. – Bom deixe-me ver se consigo explicar – falou naquele tom calmo e inabalável – Primeiro: “ele” tem nome e você sabe que é DongHae. Segundo: acho que você se lembra de que alugamos a casa porque de outro jeito teríamos de nos mudar. Terceiro: caso não se recorde, você vai de carona comigo para economizar, e acho que o Dong também pode ir conosco. Afinal seria um desperdício de dinheiro e combustível ele ir com outro carro sendo que vocês dois vão para o mesmo lugar.  – Priscila parou e ficou olhando para a amiga que não respondeu nada. – E então?
Jennifer apenas bufou e saiu pisando duro com a bolsa em um dos ombros, a advogada suspirou. Aquela seria uma discussão difícil.
Antes de descer passou no quarto de Aishi que terminava de colocar um par de sandálias marfim. Ela estava linda com uma calça jeans branca até na altura do joelho e uma blusa navy com gola “v” e renda nas mangas estilo “morcego”. Para combinar com a sandália e a roupa, uma bolsa carteira branca em matelassê. Assim que a viu Isis contou que havia resolvido chamar LeeTeuk para irem juntos para o trabalho, a maknae também achava um desperdício irem em carros separados e achou justo quando Priscila contou-lhe que também daria carona a DongHae. Depois de acertar os últimos detalhes da roupa as duas desceram juntos rumo a garagem.
Quando Pryh se aproximou de seu Kia Optima suas suspeitas sobre a tensão da viagem se confirmaram. Jennifer estava sentada no banco do passageiro olhando para a janela, ainda emburrada. DongHae, sentando no banco de trás, parecia chateado com algo, mas tentava disfarçar cantarolando de forma quase inaudível. O rapaz estava tão concentrado em abstrair a presença de Jenny que acabou se assustando quando a advogada abriu a porta do carro. Sem dizer nada ela posicionou-se no assento do motorista, deu um tchauzinho a Teuk, Aishi e Kyu – que também iria com eles – ligou o motor e seguiu para a rua pegando algumas ruas vicinais tentando evitar o trânsito ruim.
Não aguentando mais o silêncio ela sintonizou o rádio em sua estação favorita e viu DongHae começar a balançar a cabeça no ritmo da música que tocava. Jennifer que também não conseguia ficar parada quando ouvia alguma canção que gostava começou a mexer as pernas acompanhando a batida, mas, ainda encarando a janela. A advogada riu baixinho da teimosia de ambos e ficou imaginando se continuariam se evitando durante os ensaios, já que os dois agora faziam par permanente. Quando os deixou no prédio a garota acenou para Pryh e saiu sem dizer nada. Ela não se importou, conhecia a bipolaridade e o gênio difícil da mais nova.
– Valeu pela carona Priscila. – exclamou DongHae acenando pra ela e saiu do carro.
– Lee! – a garota gritou e ele virou-se novamente em direção ao veiculo. – É só Pryh! – reclamou ela com uma careta e ele riu exclamando um: “Viu como eu me sinto quando me chama pelo nome ao invés do apelido?” antes de entrar.

~~~~*~~~~

Isis, LeeTeuk e KyuHyun passaram o percurso todo conversando animadamente, fazendo perguntas uns para os outros sobre o que cada um fazia, do que gostava e esse tipo de coisa. Tentavam conhecer-se um pouco mais e ficaram surpresos com alguns gostos parecidos.  Aishi pode finalmente perguntar um pouco mais sobre o trabalho de Kyu com engenharia de software. LeeTeuk vez ou outra também conversava com eles, fazia algumas observações e questionava outras coisas, mas no geral procurava prestar atenção no trânsito. Ele havia insistido em dirigir, fato pelo qual Aishi não impôs objeções.
KyuHyun contou que depois de parar de trabalhar para a empresa dos pais resolveu dedicar-se a ciência da computação. Essa era a realmente a área que lhe chamava a atenção. Tendo êxito na nova escolha passou a trabalhar na empresa de um conhecido, no setor de banco de dados, programação de sistemas, etc. O que ele mais gostava nisso era que comumente podia trabalhar em casa, pois não ficava preso a um escritório, como aconteceria caso continuasse no setor jurídico como antes.
Aishi sorriu entendendo perfeitamente o que ele queria dizer com aquilo, e deu lhe permissão para usar seu home-office caso precisasse. Os dois estavam tão entretidos no bate papo que se espantaram quando LeeTeuk comunicou que haviam chegado ao prédio em que o maknae ficaria. O rapaz desceu do veículo desejando um bom dia para os amigos e foi trabalhar. LeeTeuk deu marcha ré no carro, saindo do estacionamento e seguiu para a produtora de comerciais.

~~~~*~~~~

Nota da Autora:   A céus, DongHae porque você me faz escrever coisas tão fofas com você? Me senti um tiquinho açucarada aqui. *O* Mas, eu gostei da cena da cozinha então nem tinha como tirar, sempre que leio sobre alguma coisa sobre ele ser encanado com a altura penso em algo assim. Meu bebê bobo tem a altura ótima, devia se acostumar....mas né -q Bom parei de surto. Quem ai quer bater no povo que fica só de birra levanta a mão \o/ kkkk eu falo isso mais amo escrever cenas "birrentas" LOL





Ressaca



Ryo acordou no dia seguinte com o sol entrando pelas cortinas de algodão que esvoaçavam devido à brisa leve. Remexeu-se na cama ainda de olhos fechados. Quando fez isso sentiu sua cabeça doer. Virou de lado, espreguiçando-se ainda de olhos fechados, tocou algo que não devia estar ali. Deslizou o dedo sobre a superfície e viu que era macia e quente.  Sentiu pânico ao abrir os olhos, aquele não era seu quarto e muito menos sua cama, e ainda, aquela camiseta preta que ela usava definitivamente não era sua. Só então ela percebeu que aquela a era única peça que cobria seu corpo. 

Olhou para o lado e só então compreendeu quem era o rapaz que dormia tranquilamente ao seu lado. Ele usava apenas uma box branca, que diga se de passagem o deixava bem atraente. Abstraiu, aquela não era uma boa hora. Seus pensamentos pareceram criar coerência depois do susto. Não, aquilo não poderia significar o que ela estava pensando.  Luana forçou sua mente tentando obter alguma lembrança da noite anterior, mas tudo que conseguiu foi fazer sua cabeça doer ainda mais. Respirou fundo, a ultima coisa que lembrava era de JaeJoong dançando para ela, a provocando. Os acontecimentos posteriores permaneciam envolvidos por uma nevoa densa impedindo que lhe fosse revelado o desfecho daquela dança. Isso era frustrante!
Levantou-se devagar buscando suas roupas. Por sorte, ou não, as encontrou facilmente, todas as peças, incluindo sua lingerie estavam sobre uma poltrona perto do guarda roupas, junto com a calça e a blusa de frio que Jae usara na noite anterior. Outro mau sinal. Recolheu-as e seguiu para o banheiro do corredor, conhecia a casa bem o suficiente para não errar de porta mesmo estando meio sonolenta. Enquanto se trocava tentava se lembrar de mais alguma coisa, mas nada acontecia. Sues pensamentos eram confusos e desconexos.
Uma coisa era ter beijado Jae, outra bem diferente era... – ela nem conseguia terminar a frase, com medo de que a mesma criasse vida. Terminou de se vestir e desceu as escadas ainda descanso. Só encontrou suas sandálias perto do sofá da sala. A bolsa estava jogada de qualquer maneira na mesinha de centro. Observou o local, estava meio bagunçado, o que não era normal. O que será que havia acontecido? Ela precisava descobrir, mas não naquela hora. Calçou as sandálias e pegou sua bolsa, colocando a camiseta de Jae dentro da mesma. Era melhor ir embora antes do rapaz acordar, com sorte ele também não se lembraria de nada.

-X-

Priscila mal havia acordado e já se amaldiçoava pela aposta da noite anterior. Sentou-se na cama sentido a cabeça girar enquanto abria seus olhos votando-os para a janela, a cortina branca estava aberta deixando os raios solares clarearem ainda mais o quarto branco. Sua retina protestou contra a agressão luminosa. Piscou algumas vezes para se acostumar com a luz, e depois de um movimento levou a mão a cabeça que doía ainda mais. Os olhos avelã da advogada buscaram o relógio digital que ficava em cima do criado mudo que seguia o mesmo design da cama, quando viu que já eram onze horas da manhã se assustou. Havia dormindo mais do que o normal.
Colocou os pés sobre o tapete vermelho de arabescos branco, procurando por seus chinelos, mas percebeu que os mesmos não estavam ali. Levantou-se estranhando o silêncio da casa, mesmo quando iam dormir tarde naquele horário as outras garotas já deviam estar acordadas e farreando por algum cômodo, mas não havia nem sinal delas. Checou as horas novamente. Nesse momento ela notou o copo com água e dois comprimidos sobre um bilhete perto do abajur. Pegou o papel depois de colocar os comprimidos na boca e entornar liquido transparente garganta a baixo. Assim que leu as palavras escritas numa caligrafia curvilínea disse a si mesma que precisava agradecer Bell por prever o estado que sua cabeça estaria, e praguejar Kelle pela sugestão de sair para almoçar sem acordá-la. Conformada com a ideia de que teria uma refeição solitária arrastou-se para o banheiro, precisava de uma ducha para começar o dia. Depois do banho escolheu uma roupa confortável e vagou rumo à cozinha. Não tinha fome, então resolveu preparar um chá, e assim o fez.
Como estava sozinha, e o apartamento parecia frio e pouco atrativo. Então ela decidiu tomar seu chá no seu lugar favorito. Com a caneca em mãos apenas encostou a porta do apartamento e pegou o elevador. Um sorriso desenhou-se em seus lábios ao respirar profundamente aquele ar agraciado com o cheiro das flores que lá cresciam. Apesar do tempo meio cinzento que fazia, aquele lugar ainda mostrava alguma magia, só isso poderia explicar o fato de ser tão fácil relaxar quando estava ali sentada, concentrada apenas no barulho da água correndo pelo mini chafariz.
– Você parece mesmo gostar daqui – a voz que quebrou todo o encanto do lugar vinha de trás das costas da advogada. Que naquele momento levava a xícara aos lábios e se sobressaltou fazendo com que chá fosse parar em sua blusa. Percebendo o que havia feito DongHae foi até ela sacando um lenço do bolso e tentando secá-la.
– Será que não lhe ensinaram que não se deve assustar as pessoas, principalmente quando elas estão bebendo algo? – gritou ela e logo depois fechou os olhos sentindo a ressaca pela noite anterior voltar a dar sinais de vida.
– Eu não tinha noção de que você ia se assustar okay!? – o garoto se irritou pela forma exageradamente dramática dela. De certa forma fez parecer que ele havia feito de propósito.
A garota levantou se livrando das mãos dele que ainda tentavam ajudá-la, porém quando deu o segundo passo tudo pareceu rodar e escurecer. Tinha certeza de que iria cair, mas antes que isso acontecesse dois braços fortes agarraram-na pela cintura, dando um pouco de estabilidade a seu corpo.
– Pryh o que houve? – perguntou o professor totalmente assustado. Não esperou por uma resposta, já que isso parecia improvável de se conseguir. Ela parecia estar perdendo os sentidos. Pegou-a no colo e descendo rumo a seu apartamento pelas escadas, sua aflição era tamanha que se esqueceu do elevador.
– Ryo! – grito ele ao reconhecer a amiga saindo de dentro do elevador que acabava de se abrir.
– Oi Dong... Ai meu Deus PRYH! – a fotografa correu até ele – O que houve? Porque ela desmaiou? O que aconteceu com a blusa dela?
– Calma, uma pergunta de cada vez! Eu vi a Pryh no terraço e fui falar com ela, daí quando ouviu minha voz ela derramou chá na blusa e ficou brava comigo e quando foi andar se desequilibrou e eu a segurei. Comecei a perguntar se ela estava bem, mas ela desmaiou. E eu a troce para cá.
– Melhor levarmos ela lá para dentro. – disse Luana indo em direção a porta e ficando aliviada ao notar que a mesma não estava trancada. Jogou a bolsa em cima do sofá e caminhou até o quarto da advogada abrindo a porta para que DongHae depositasse Priscila em cima da cama.
Ryo não sabia o que fazer, já era o segundo desmaio da amiga em menos de uma semana. Alguma coisa devia estar acontecendo. Mil coisas passaram por sua mente, desde varias doença até mesmo uma gravidez.  A ultima hipótese era meio bizarra, mais ainda assim podia ser válida. Ela iria obrigar a mais nova a ir ao médio querendo ou não.
– Ryo! – a voz de DongHae a tirou de seu transe.
– Oi? – falou ela ainda perdida.
– Perguntei se você não tem nada que possamos usar para acordá-la.
– A sim, espera vou buscar. – falou.
– Vou abri a janela para o quarto ficar mais arejado.
– Tá!
DongHae levantou-se e caminhou até o outro lado, abrindo a janela e as cortinas, deixando uma brisa fresca entrar no quarto. Voltou para perto da garota, sentando-se ao seu lado. Não sabia por que, mas pensar em que aquele desmaio podia ser algo mais grave o deixava angustiado.

-X-

JaeJoong acordou com o sol batendo em seu rosto, entreabriu os olhos mirando o teto, o quarto estava tomado pela luminosidade de um dia de sol forte. Virou para o lado esticando o braço, quando percebeu o vazio ao seu lado sentou-se na cama procurando por Luana, ou suas roupas. Não encontrou nenhum sinal da garota. Por um momento chegou a cogitar que havia sonhado e que nada do que acontecera na noite anterior era verdade. Porém a ideia se mostrou improvável, já que o travesseiro ao seu lado e até as roupas que ele usara no dia anterior tinham o aroma do perfume de Ryo.
Colocou uma bermuda e saiu procurando a garota pela casa, uma pontinha de esperança de que ela estivesse em algum cômodo da casa surgia em seu peito, porém a mesma morreu quando ele andou pela casa toda e não a encontrou. Não se assustou com a bagunça da sala, se lembrara de como ela havia ficado assim. Foi até o quarto pegou o celular e discou o numero da garota, que depois de alguns toques caiu na caixa posta, voltou para a sala jogando-se no sofá, tentava entender o que poderia ter feito de errado para que ela fosse embora sem falar com ele. Não conseguiu pensar em nada que pudesse ter causado isso.

-X-

Priscila estava novamente discutindo com DongHae, mais uma vez o motivo era algo insignificante. O professor retrucou as palavras ríspidas e garota deu alguns passos em sua direção, espalmando um das mãos em seu peito para empurrá-lo. Porém antes que fizesse isso ele segurou seu pulso, sem tirar a mão de onde estava. A advogada sentiu seu próprio coração acelerar no mesmo ritmo das batidas frenéticas da pulsação dele. O rapaz buscou os olhos da garota que o fitava com mais raiva ainda. Ela chegou perto para tentar fazer com que ele a largasse, porém a manobra surtiu o efeito contrário, pois DongHae prendeu sua outra mão e puxou-a contra si, encarando lhe por um segundo antes de juntar seus lábios num beijo enfurecido.
Quando sentiu que o corpo dela estava rendendo-se aos seus encantos deixou de segurá-la. As mãos da advogada subiram pelos braços dele, arranhando de leve e acariciando, indo de encontro a seus ombros. Seus lábios deslizavam pelo pescoço do garoto, enquanto ele mordiscava o nódulo da orelha dela. A garota deu uma mordida em seu pescoço como resposta a leve tortura que sofria. Ele gemeu e depois sorriu malicioso, como quem iria revidar, desceu as mãos apertando a lateral da cintura dela enquanto dava um chupão no pescoço delicado, arrancando um suspiro pesado da advogada.

Priscila abriu os olhos e encontrou DongHae fitando-a, seus rostos estavam muito próximos, e isso não ajudou em nada. Ele não tinha o direito de causar aquelas sensações nela. Sentou-se rapidamente afastando-se do rapaz. Ela iria perguntar a ele o que estava acontecendo quando Luana entrou no quarto, o rosto retorcido numa mascara de preocupação.
– Não consegui encon... PRYH!
DongHae levantou-se da cama dando espaço para a fotografa que correu para abraçar a amiga.
– Nunca mais nos dê um susto desses! Já é a segunda vez, você precisa procurar um médico. –  indagou ela.
Percebendo a cara de confusão que a advogada fazia DongHae se apressou em explicar que ela havia desmaiado no terraço, e ele havia a carregado para dentro do apartamento depois de encontrar com Luana no corredor. Priscila comentou que havia acordado há pouco tempo e resolvera tomar seu café no terraço, porque não queria ficar sozinha. Arriscando-se dizer que a causa do desmaio provavelmente teria sido uma queda de pressão causada pela falta de comida combinado ao fato de ter ficado nervosa com DongHae.
Ryo não engoliu aquilo, ainda acreditava que havia algo errado com amiga mais não quis falar nada, embora sua mente continuasse cheia de teorias. Ignorando totalmente o olhar mortal que ganhou da garota ela pediu que o professor ficasse fazendo companhia á mesma enquanto ela ia para a cozinha. Priscila bufou e se jogou contra os travesseiros, DongHae ignorou isso e foi se sentar em uma das duas cadeiras de forro em arabescos perto da janela.
– Você estava tendo algum tipo de delírio agora a pouco? – perguntou ele.
Priscila sentou-se na cama totalmente alarmada, perguntando-se o que poderia ter dito ou feito para ele questioná-la sobre isso. As imagens dos braços do rapaz em volta de seu corpo e seus lábios em contato com sua pele passaram diante de seus olhos novamente. Um arrepio involuntário percorreu seu corpo, fazendo-a ter vontade de xingá-lo, mas achou melhor não fazer isso já que provavelmente ele não entenderia. Ou talvez entendesse o que seria bem pior. Respirou fundo fazendo cara de paisagem ao se virar para ele.
– Não sei, não me lembro de nada. Só de que estávamos no terraço e depois tudo ficou escuro. Mas porque a pergunta?
– Você só parecia inquieta. – desconversou – Como se estivesse sonhando ou sei lá, acho que é assim que as pessoas ficam quando estão delirando. Mas eu pensei que isso só acontecesse quando alguém estivesse com febre, ou coisa do tipo.
“É eu também”– ponderou ela, mas não comentou nada, apenas resolveu manter a postura defensiva. – Talvez fosse só impressão sua.
– Pode ser. – ele deu de ombros.
– Melhor eu ir ver o que a Ryo está fazendo – falou Pryh se preparando para se levantar da cama, mas assim que se sentou DongHae já estava ao seu lado, impedindo-a de se por de pé.
– Tá maluca é? Você acabou de acorda, não pode sair por ai fazendo movimentos bruscos.
– Caso não tenha percebido, o que é bem provável, ela tá bem preocupada por minha culpa, e quando isso acontece a Ryo fica pensando em mil coisas o que a deixa um pouco atrapalhada.
Priscila mal terminou a frase e eles escutaram o barulho de algo de vidro se quebrando, e em seguida, a voz de Luana xingando em uma língua que DongHae desconhecia. A advogada tentou passar pelo professor, mas ele a fez sentar-se novamente.
– Você fica aqui, eu vou lá ajudar ela. – Quando o rapaz chegou à cozinha encontrou Ryo juntando os cacos de um copo de vidro que havia se espatifado com suco e tudo no meio da cozinha. – Vai lá ficar com ela, só me diz onde estão as coisas que eu faço um suco, e é melhor a Pryh comer alguma coisa leve também, ou então pode sentir fraqueza.
Luana mostrou onde ficavam todos os ingredientes e utensílios que DongHae iria precisar e voltou para o quarto onde encontrou uma Priscila emburrada. Nem precisou perguntar para saber quais eram os motivos.
– Tá melhor? – Ryo se sentou junto a cama.
– Sim, não preciso ficar deitada, mas o DongHae não deixou eu levantar. – seu mau humor iria atingir o ápice a qualquer momento.

-X-

DongHae terminou de fazer o suco que Ryo havia tentando preparar e ainda preparou um sanduíche leve. Colocou tudo em uma bandeja e se dirigiu ao quarto. Quando chegou ao aposento a advogada analisou a comida. Chegou a cogitar não aceitar nada vindo dele, mas sabia que Luana a jogaria pela janela se fizesse isso com o rapaz, pois como a fotógrafa fez questão em enfatizar ele não tinha nenhuma obrigação de ter todos os cuidados que teve assim que Priscila desmaiou. Visto isso se sentou na cama deixando-o colocar a bandeja em seu colo.
Olhou mais uma vez para o sanduíche e o suco. Até que parecia apetitoso, mas não quis dar o braço a torcer, pelo menos não tão depressa. Vendo um resquício da postura teimosa que a amiga tomava Luana lançou lhe um olhar furtivo. DongHae percebeu esse “incentivo” e achou um pouco cômico, pois conhecia uma outra pessoa que tinha exatamente aquele tipo de atitude intimidadora.
Pryh suspirou, dando-se por vencida, pegou o copo de suco e bebeu um pequeno gole, surpreendendo-se ao notar que o mesmo estava com a quantidade perfeita de açúcar para seu gosto. Fato esse um pouco complicado de se acertar, principalmente para uma pessoa que mal a conhece. O sanduíche também estava delicioso, dispensado comentários.
– Obrigada – disse enquanto o garoto se afastava.
DongHae juntou todas as suas forças para um comentário do tipo “Que bonitinho ela sabe agradecer!” como reação a atitude ríspida que a garota vinha tomando. Resignou-se apenas a assentir e se sentar no lugar que estava anteriormente.
Antes que um silêncio constrangedor se espalhasse pelo quarto o celular do rapaz tocou, fazendo com que ele pedisse licença para atendê-lo. O garoto ficou surpreso ao perceber o nome que aparecia no visor do aparelho.
– Não acredito que você ainda se lembra do meu numero Thiarlley! – falou assim que atendeu.
Deu um tempo enquanto a garota do outro lado falava, e em seguida uma risada. Pelo tom de voz parecia que conhecia a pessoa há algum tempo, ou pelo menos foi isso que Priscila e Luana presumiram. Apesar de o rapaz ter pedido licença e se dirigido para outro cômodo ela inda conseguiam ouvi-lo.
– Sabia, tinha que ser algo do tipo. Não estou em casa, mas estou perto, vou ver e ligo para você. – ele esperou novamente. – Okay. Beijos. Eu também.
A fotógrafa ficou pensativa e curiosa para saber quem era a tal garota com quem ele falava. Já advogada sem nem mesmo perceber voltou a postura arredia, isso estava claro em seu rosto. Luana observou-a e teve de segurar o riso. O amigo parecia mesmo ser capaz de balançar as estruturas da garota, não importa o quanto essa negasse. Assim que DongHae passou pela porta do quarto Ryo fez o possível para controlar a sua fisionomia, e Pryh passou a olhar a bandeja como se observasse um espécime raro e recém descoberto. O rapaz notou isso, nada disse.
– Tenho que ir, eu preciso resolver umas coisas. – informou.
A morena lançou lhe um olhar de desdém, perguntando-se porque ele não arrumava uma desculpa melhor, para ela estava claro que ele iria sair com a tal Thiarlley. Fez uma careta enquanto voltava os olhos para o prato. Luana notou todas as reações por sua visão periférica, enquanto se levantava acompanhar o rapaz até a porta.
Enquanto DongHae caminhava a questão da noite anterior voltou a sua mente. Antes mesmo que pudesse impedir sentiu as palavras saindo por sua boca.
– Ryo quem era o cara que trouxe a Pryh ontem?
Ambos agradeceram por não estar de frente um para o outro. A garota sentiu seu rosto corar ao se lembrar que não passara a noite em casa. Ficou um pouco irritada com isso, geralmente não era tão encanada com essas coisas. O rapaz temeu estar fazendo uma pergunta invasiva demais, e se sentiu extremamente desconfortável por tal intromissão. Mas, ainda assim, alguma coisa o impelia a não mandá-la ignorar a questão. Após se recuperar de seus pensamentos Luana se virou para traz, agora focada na pergunta. Levantou uma sobrancelha querendo que o rapaz explicasse o motivo da questão. Mas, sua mente já formulara um motivo em particular, que o professor não admitiria de jeito nenhum.
– Quando estava chegando entrei no mesmo elevador que um cara, no meio do caminho vi que a garota que ele carregava era a Pryh.  – explicou.
 Luana fez uma cara de pensativa, embora não precisasse de muito para saber que o homem em questão seria Henry. Mas, ainda gostaria de medir as reações do garoto a sua frente.
– Ele tinha mais ou menos o meu tamanho, cabelo preto, e também era oriental. – Descreveu DongHae, num tom ansioso mal disfarçado.
– Era o Henry. – revelou Luana.
DongHae abriu a boca e fechou novamente, seu rosto era um misto de decepção, pela pergunta não respondida, desconforto e curiosidade em relação ao vinculo que o tal de Henry tinha com a advogada. Dessa vez conseguiu controlar o impulso de perguntar, restringiu-se apenas a assentir e voltar a caminhar em direção a porta. Despediu-se de Ryo e seguiu rumo ao próprio apartamento a passos arrastados.  A loira o observou, sentindo a decepção pela falta de detalhes emanar de sua postura. Decidiu-se então por animá-lo.
– DongHae! – ela o chamou de volta, o rapaz se virou. – Não se preocupe, ele é só um antigo colega de faculdade. – completou sorrindo complacente antes de fechar a porta. Tinha consciência de que Henry era um possível potencial candidato a vaga de namorado da amiga, mas se pudesse ajudar DongHae ela o faria.
O professor ficou parado por alguns segundos, os olhos fixos no numero dezoito da porta branca demonstravam surpresa. Perguntava-se porque aquela informação o balançava. E o que estava incomodando também era o fato de a advogada deixar subentendido que a presença dele irritava-a. Ainda não havia entendido o porquê disso, já que sua primeira impressão tivera saldo positivo. Questionou-se se poderia ter feito algo sem saber que a havia chateado, mas não conseguia imaginar nada. Passou então a cogitar que a garota sofria de dupla personalidade. No entanto, de todas essas questões sem resposta a que mais lhe aborrecia era, porque o fato de vê-la próxima ao cara que Ryo disse se chamar Henry o perturbava tanto?
Bufou sentindo a própria mente travar ao processar aquilo tudo. Antes que seus pensamentos tomassem um novo caminhou, ou ele tivesse uma dor de cabeça à porta do elevador se abriu revelando a figura de LeeTeuk. Nesse momento Dong se lembrou de que devia estar procurando o amigo para dar o recado de Thiarlley. Esperou até que entrassem no apartamento e então lhe deu a boa noticia.

-X-

Luana teve de se segurar para não rir quando chegou ao quarto. Priscila estava com um bico enorme e cara de poucos amigos. O telefonema da garota havia a afetado, mesmo que não quisesse admitir isso. Estava com os braços em torno das penas encolhidas e o queixo apoiado nos joelhos. Seus olhos desfocados estavam voltados para a bandeja ao seu lado, os pensamentos conturbados demais. Ryo deu a volta na cama e se sentou perto da amiga, brincando com uma mecha de cabelo que pendia solta. Queria dizer alguma coisa, mas achou melhor ficar em silêncio. Qualquer tentativa direta de fazer a advogada “perdoar” DongHae pelo vaga do estacionamento, ou tentar aproximá-los, só surtiria o efeito contrário.
A mais nova suspirou olhando para a fotógrafa. Meio segundo depois sua expressão carrancuda transformou-se em um sorriso malicioso. Luana seguiu o olhar da outra e constatou que ela analisava suas roupas. Ainda vestia o look do dia anterior.
– O que foi? – perguntou, já sabendo o que viria a seguir.
– Pode contar tudo. – disse com uma voz autoritária.
Ryo revirou os olhos, odiava quando a amiga fazia isso, mas também sabia que não adiantaria nada lutar contra a corrente. Quando Pryh queria, conseguia arrancar qualquer informação de alguém. Por fim contou o que acontecera depois do desaparecimento de todos na noite anterior, dando-se um tempo para repreender a advogada por isso, e relatou os fatos daquela manhã. Causando uma reação de indignação na morena que não acreditava no que havia ouvido.
– Eu me apavorei okay? – Luana se defendeu.
– Você sempre diz que não tinha problemas com sexo casual!
– E não tenho. Na verdade acho que toparia outra noite só para lembrar. Mas não da para controlar a sua reação. Aposto que você também agiria assim se acordasse na cama do seu melhor amigo.
– Não agiria não. – respondeu a advogada convicta.
– Como pode ter tanta certeza? Já aconteceu isso por acaso? – alfinetou a outra de modo brincalhão. Só não contava com a reação da advogada que ficou vermelha imediatamente após ouvir a ultima pergunta. – Oh My Good! Você... Você e o Henry!
Priscila assentiu deixando sua mente vagar no tempo...

 || Flashback ON ||

Estávamos num barzinho com Anabell e o um namorado dela, para que eu não ficasse segurando vela sozinha chamei a única pessoa a qual tinha certeza que não me deixaria na mão, mesmo em um caso desses.  O Henry claro.
Essa ideia acabou sendo melhor do que imaginei, pois ele e Jackson, o namorado da Bell, se deram muito bem e tiveram altas conversas até aquele momento. Quem achou isso adorável foi a minha querida amiga, que sugeriu que nós repetíssemos o encontro uma hora.  Depois de algum tempo de conversa e vários drinks deixamos os assuntos sérios de lado e começamos falar de coisas sem noção, o que gerou muita risada no nosso grupinho. Mas realmente nunca imaginei ficar tão sem graça com um comentário como fiquei. Aquela noite realmente seria de várias surpresas.
– Enfim seja como for, eu namoro à garota mais bonita do campus da toda Harvard. – Afirmou Jackson após uma observação sobre o quanto a namorada de um colega de turma de Anabell era bonita.
– Ah não namora a garota mais bonita mesmo! – Henry se indignou com o novo amigo.
– Tá Henry agente já sabe que todo mundo baba pela Stephanie! Não precisa ficar tão nervosinho. – comentou Bell sarcástica, nós duas tínhamos opiniões formadas sobre aquela garota e não eram nada agradáveis.
– E eu achando que meu amigo tinha um bom gosto para mulher. – disse eu fazendo careta.
– E quem foi que falou que eu estava me referindo a Stephanie? Estava falando da mais bonita não da mais rodada... – falou ele pouco se importando se alguém ouviria. Depois dessa eu tive que rir.
– E então quem é a mais bonita? – quis saber Jackson.
– Outra garota que conheço, não vem ao caso. – desconversou ele meio sem jeito.
– QUEM? – Bell e eu perguntamos ao mesmo tempo.
– Não interessa, além disso, é só minha opinião. – Henry estava ficando bom em tentar desviar do assunto, porém ele se esqueceu que eu era expert em burlar isso.
– Mochi larga de ser chato e fala logo, ou conto todas as coisas que os outros não devem saber. – ameacei-o. Na verdade eu nunca diria nada sobre ele a ninguém, Henry fora sempre o ser mais doce do mundo comigo, não seria doida de trair sua confiança. Porém, provavelmente pelos olhares furtivos que eu lançava sempre que o ameaçava ele bufou daquele modo que eu conhecida, mostrando que teria minha resposta.
– Odeio quando você faz isso sabia? – falou bicudo.
– Ela sabe, e eu também, agora da para contar. Quem é a garota mais bonita de Harvard para você? – Anabell falou autoritária me fazendo rir enquanto tomava mais um gole do meu coquetel.
– A Priscila. – falou ele me fazendo engasgar com a bebida. COMO ASSIM EU?
– Henry meu docinho, você tá precisando de óculos viu. – falei tentando disfarçar o quanto fiquei sem graça, mais não deve ter dado muito certo porque senti o sangue fluindo para meu rosto o deixando quente, eu deveria estar parecendo um tomate maduro. E para piorar a situação Anabell e Jackson começaram a rir.
– Então digamos o seguinte, Pryh e minha ursinha são as duas garotas mais bonita de Harvard juntas. – Propôs Jackson e Henry assentiu olhando preocupado para mim.
“Ursinha” era o apelido que Bryan, o vagabundo do meu ex-namorado, usava para se referir a mim quando estávamos sozinhos. Graças aos céus o casal não pareceu notar o quanto a mera menção da palavra me abalara. Mas, eu não queria, nem poderia chorar ali. Já fazia quase três meses que havíamos terminado e eu ainda me sentia balançada por lembrar-me da noite em que o encontrei na cama da nossa suíte no Lensfield – Hotel da família dele – com uma loira oxigenada. Mas Anabell não sabia disso, pois o fatídico acontecimento se deu na ultima semana de aula antes das férias de verão, e ela havia viajado mais cedo, pois participaria de um congresso para estudantes de medicina. O que depois acabou sendo benéfico, não aguentaria repetir aquela história, então disse que havíamos terminado o relacionamento de comum acordo. Ela não acreditou nisso, naturalmente, mas respeitou minha escolha em não tocar no assunto.
Henry por outro lado, como conhecia da história, e era perito em saber o que eu estava sentindo sem nem me olhar por muito tempo deu uma desculpa qualquer parta irmos embora mais cedo do barzinho. Ele nem precisou de muito para arrumar uma desculpa para nossa saída antes do previsto. Disse que tínhamos um filme que o professor sugeriu que víssemos o que era verdade, só que havíamos combinado de vê-lo só na tarde seguinte. Nos despedimos de Bell e Jackson e rumamos para o apartamento de Mochi. Passei o caminho todo calada, caminhando abraçada com ele, que também não disse uma palavra, afinal estávamos a pé e não seria legal discutir isso no meio da rua.
No segundo seguinte após estar entre quatro paredes eu simplesmente o abracei com toda a força que me restava, afundando meu rosto em seu peito e deixando algumas lagrimas silenciosas percorrerem meu rosto. Ele me conduziu silenciosamente até o sofá onde se sentou comigo em seu colo, apenas me abraçando, enquanto sua mão afagava meu cabelo e ele sussurrava alguns “Vai ficar tudo bem” e “Eu tô aqui, não vou deixar ninguém mais te machucar”. 
– Eu sei que não devia estar chorando, mas não da para evitar. – falei, mais uma vez o alugando para um momento psicólogo. – Às vezes penso que a culpa é minha. Sei lá, talvez não fui mulher o suficiente para ele... – ira começar um discurso do tipo “quem não da assistência abre espaço para concorrência”, mas ele colocou um dedo em meus lábios me fazendo calar.
– Primeiro você sabe muito bem que é mulher o suficiente para qualquer cara. Segundo, vocês sempre estavam grudados e passando a noite juntos. – Henry se irritou um pouco. – Se ele te traiu a culpa não foi sua, agora se acalme você não pode ficar chorando para sempre por aquele canalha.
Aos poucos fui me recompondo até que parei de chorar, mas também fui sentindo-me cansada, os olhos pesando, fazendo com que fosse difícil mover minhas pálpebras, até que adormeci.  Acordei no meio da madrugada. Estava deitada na cama de Henry e ele dormia preguiçosamente ao meu lado. Sorri para seu rosto adormecido, ficava tão fofo assim. Como estava um pouco frio eu me levantei no intuito de procurar por um cobertor, sabia que estavam no maleiro do guarda roupas. Subi num banquinho porque não conseguia alcançar o edredom. Quando estava quase o alcançando me desequilibrei, já sentindo que iria cair no chão fechei os olhos, torcendo para não bater tão forte com a cabeça.
Porém antes disso acontecer senti dois braços me segurar pela cintura, Henry havia acordado bem a tempo de me salvar. Os dedos dele se espalmaram nas minhas costas, sendo separados apenas pelo tecido fino da blusa que eu usava. Ainda o sentia apertando-me contra seu corpo quando meus pés tocaram o chão. Não sei se pelo fato de ainda estar sobre o efeito dos coquetéis que havia tomado, ou pelo susto de quase ter me estatelado no chão, mas me senti bamba naquele momento. Estava prestes a agradecer a ele por me salvar, contudo meus olhos encontraram os dele, que pareciam ter se escurecido, sua respiração estava meio pesada, e estranhamente a minha parecia seguir pelo mesmo caminho.
Ficamos nos olhando sem nos separar, nos encarando. Então senti as mãos de Henry acariciando minhas costas, um arrepio involuntário percorreu minha pele, eu não sabia o que fazer, mas de certa forma havia gostado daquele toque. Henry aproximou seu rosto lentamente, como se dando espaço para eu me afastar, mas não o fiz. Fechei meus olhos e senti seus lábios roçarem os meus tentadoramente macios e carinhosos. Não ofereci resistência alguma ao beijo, dando passagem para que sua língua explorasse a minha boca, subi minhas mãos de seus braços para sua nunca, massageando o local com as pontas dos dedos. Ele sorriu entre meus lábios ao notar esse movimento, apertando ainda mais os braços em torno do meu corpo.
Fui empurrada para a cama, em que estávamos dormindo a pouco, com delicadeza, mas também uma firmeza inesperada. Vendo o olhar de censura que lhe lancei ele sorriu me dando um beijo carinhoso, como um pedido de desculpas pelo excesso de força. Enquanto isso ele massageava minha cintura, fazendo com que minha blusa subisse. Provocando-me de uma maneira sedutora que me fez perguntar como ele conseguia fazer isso se o tempo todo parecia ser totalmente fofo. Meus pensamentos não tiveram conclusões, pois as descargas elétricas que eu recebia onde nossos corpos se tocavam dificultavam ainda mais meu raciocínio.
Senti minhas mãos criarem vida e arranharem suas costas por baixo da, me surpreendi com a sensação prazerosa de ouvir o primeiro gemido rouco daqueles lábios. Suas mãos finalmente se livraram da peça que atrapalhava seu caminho, então ele desceu o beijo passando por meu queixo, pescoço, onde me provocou com algumas mordidas e depois desceu mais um pouco em direção ao meu colo, fazendo com que eu suspirasse. Ele me ajudou a tirar sua camisa, que foi parar em algum canto do quarto, depois, com um cuidado surpreendente ele abriu o feixe do meu sutiã, e tomo meus seios em suas mãos, massageando carinhosa e provocantemente, de uma forma tão deliciosa que me fez gemer. Puxei-o para cima, voltando a beijá-lo, e, algum tempo depois, estávamos entrelaçados, tomados por desejos que até aquele momento eu desconhecia.
No outro dia acordei com uma dor de cabeça péssima, repreendi a mim mesma antes de abrir os olhos, não devia ter bebido tanto. Virei me tentando dormir um pouco mais e nesse memento notei que havia um braço em torno de minha cintura. Flashs da noite anterior passaram por minha mente, e aos pouco me dei conta do que acontecera. Senti vergonha, vontade de sair correndo, mas não fiz nada disso.  Encontrei o rosto de Henry próximo ao meu, ele ainda dormia um sonho profundo e parecia sereno. Não consegui reprimi um sorriso que se formou em meu rosto, sentindo meu corpo se acalmar. Lembrei-me que na noite anterior, mesmo com todo o desejo dispersado ele não havia deixado de ser carinhoso comigo nem por um segundo. E convenhamos isso havia sim levantado minha autoestima.  Lembrando-me de uma frase que havia ouvindo “Nunca se arrependa de suas ações, naquele momento era o que você queria” deixei-me aninhar em seu peito, decidindo, pela primeira vez em muito tempo, deixar para pensar nas consequências depois e aproveitar aquele momento.

|| Flashback OFF ||

Luana abria e fechava a boca sem saber exatamente o que dizer, Priscila havia contado a ela o ocorrido, deixara os detalhes sórdidos de lado, claro. Mas, isso ainda chocou a garota, uma coisa era suspeitar, outra era ouvir a amiga contar a história.
– Para de me olhar desse jeito! – pediu a mais nova envergonhada.
– Eu, só... Meio que imaginei que vocês já teriam ficado, mas não desse jeito. Senti-me uma covarde agora. – concluiu ela fazendo careta.
– Não fica assim. – Pryh abraçou a amiga. – A situação não era a mesma, e como você disse, não da para saber qual será nossa reação. Mas, ainda acho que você deve conversar com o Jae, por experiência própria é o melhor a fazer.
Luana assentiu, sorrindo agradecida para a amiga. Essa pediu que não comentasse nada sobre o que ela havia falado. Nem Bell sabia dessa história, e seria estranho trazer isso de volta aos pensamentos de Henry. A fotógrafa concordou, embora acreditasse que a ultima parte não seria muito útil, já que supunha que o garoto ainda se lembrasse dos acontecimentos.

-X-


Nota Autora
Desculpem a demora pessoas, mas só tenho mais um capítulo pronto e ainda to tentando pensar no que escrever no próximo, eu geralmente prefiro ter ele adiantado, mas já vi que não adianta muito.

Então né, um capítulo um pouco mais caliente...
Gostei bastante dele, como do anterior. E sei que tem gente querendo matar a Thi ai, mas acalmem-se! E, a própria Thiarlley não queira me matar, eu precisei pegar seu homem... XD. Girls comecem suas teorias, porque eu pelo menos achei que deixou bastante perguntas. Será que ela ta gravida mesmo? Humm... tenso. Cara eu surtei tanto relendo esse capítulo junto com a Pryska ontem que me perguntei se foi eu quem o escrevi XD Parte da culpa é da unnie que tem a maneira mais surtada de ler fic, e que me animo bastante a escrever. Não tenho spoilers ainda, porque não decidi totalmente nada...

Muito obrigada a galera que vem perguntar, elogiar sobre DI no Twitter, sinceramente eu quase explodo quando vejo algo assim, dá mais vontade de escrever sabia? O mesmo vale para os Reviews, é minha motivação pra continuar com essa história que ja ta quase fazendo niver outra vez XD


Enfim, Kumi Chan ainda ta viva? XD /corre/

Bem só isso...Kissus






[ Leia o Capítulo 14 ]