Nota da Autora:Músicas do capítuloMichael Bublé – Quando, Quando, Quando (Feat. Nelly Furtado)LeeTeuk – She (Cover de Charles Aznavour – SS4)Apareceram links no momento de dar Play em cada música
Ao abrir
a porta tudo que DongHae pode fazer foi olhar o carro já seguindo para a rua. Sua
visão correu para o suporte que continham as chaves do próprio veiculo. Cogitou
ir atrás da garota, já estava com as mãos levantadas para pegar o chaveiro
quando a voz de Cho o assustou.
– Hey
cara você tá ok?
– Porra,
você quer me matar? – vociferou o bailarino virando-se para o outro.
– Foi
mal, mas eu estava falando e você todo alienado ai com esse olhar de doido.
– COMO É
QUE É?
– É cara,
você estava aí com a maior cara de possuído, quem te mordeu? – questionou Kyu alheio
ao temperamento homicida de Lee.
– Vê se
me erra! E você veio cheirar o que aqui? – Ignorou completamente as palavras do
mais novo, já indo em direção à escada para que pudesse ir até seu quarto,
lugar de onde não deveria ter saído naquela noite.
– Pryh me
mandou um SMS mandando olhar o aparador e encontrei o endereço do lugar que
Isis e Jennifer foram. Sabe se a Pryh foi nessa festa também? Vi que ela estava
se arrumando, e cara... Estava muito gata! – Os passos do mais velho cessaram,
seus punhos se fecharam automaticamente. Lee sentia seu corpo esquentar de
raiva. Será que o maknae falava aquilo por pirraça como Jennifer fizera
anteriormente?
– Não sei
pra onde ela foi! – e graças a KyuHyun não teria como descobrir. – Se anda tão
grudado nela você quem deveria saber!
– Cara
você tá com ciúmes?
– Kyu
você deu pra falar asneira agora é? Já disse, vê se me erra. – ralhou subindo
batendo os pés nos degraus de forma barulhenta, segundos depois que desapareceu
no topo da escada Cho pode ouvir o mais velho bater a porta de um jeito
furioso.
~~~~*~~~~
LeeTeuk
passou um bom tempo trancando no próprio quarto, depois de um filme qualquer
que estava tão bom que o fez dormir. Ao menos ele estava mais calmo. Saiu do
quarto procurando pelos rommies, como
tinham a casa só para eles seria a ocasião perfeita para uma “noite dos
garotos”, assim ele poderia se manter de olho nos outros dois que não devia
estar em seu melhor humor. O mais velho pegou um baralho e se dirigiu ao quarto
de Kyu que provavelmente estaria envolvido em algum jogo. Bateu na porta e após
ouvir um “entre” genuinamente animado adentrou no local.
– Hey
cara que tal jogarmos... Aonde você vai? – se espantou com toda a produção do
gamer. Que usava terno chumbo quase negro, o blazer de um botão só. Os tecidos
das duas peças que o compunham tinham um acabamento acetinado opaco, que fazia
com que a calça, que marcava suas cochas, lembrasse um pouco a textura de
couro, porém de um jeito bem suave graças à maleabilidade do pano e corte
social. Kyu optara por camisa e sapatos pretos,
e, para contrastar com a demais cores, gravata chocolate.
– Sair,
descobri onde é a festa das garotas, tá a fim de ir? – o mais novo respondeu
mostrando um envelope azul marinho.
– Onde
conseguiu isso? Acha mesmo que vai conseguir entrar?
– Vou
sim, já ganhei uma dica, e acho que consigo por você para dentro também. – o
garoto sorriu como se bolasse um plano maquiavélico. – Então tá afim?
– Sei
não... E vai lá para que? Espiar as garotas?
– Ah,
vamos lá! Ao menos é melhor que ficar jogando a noite toda... – Cho apontou
para o baralho. – Além do mais, é uma festa de qualquer forma, e pelo naipe do
convite se não quiser encontrar com a Jennifer acho que consegue fazer isso.
Park
ponderou como se considerando a ideia.
– Mas, e
o DongHae?
– Há essa
ora aquele lá deve está no quarto puto de ciúme por ter visto a Pryh com o
promotor amigo dela.
– O que?
Você sabia que com quem ela ia sair?
– Estava
junto quando ela aceitou o convite, e agora pouco ele deu o maior surto. – O
rapaz deu de ombros e então explicou rapidamente o que acontecera antes. – Anda
logo vai trocar de roupa, se quiser checa se o outro lá tá a fim de ir.
LeeTeuk
balançou a cabeça em afirmação e saiu do quarto, mas ainda insistiu em passar
pelo aposento de DongHae. Como um bom amigo, buscava levantar o astral alheio.
Bateu a porta e entrou.
– Tá tudo
bem? – perguntou meio hesitante fitando Lee, que estava sentado sobre a cama
com o olhar um pouco perdido, tudo o que recebeu em resposta foi um aceno
afirmativo pouco convincente. – É... Kyu me chamou pra ir naquela festa que as
garotas foram você não tá a fim de ir?
DongHae
piscou, como se a pergunta despertasse outra coisa em sua mente.
– Vocês
vão à mesma festa que as duas? Pelo que eu entendi elas estavam querendo
distancia, não? – questionou franzindo o cenho.
– Eu
também pensei nisso, mas podemos apenas nos divertir, o local parece grande e
tal. Anda, para de ficar ai feito um bebê chorão... Se anime, uma distração vai
lhe fazer bem!
Ás últimas
palavras de Park poderiam ser um tanto quanto doloridas, mas ainda assim eram
verdades. DongHae não podia mudar nada ali sentado, pensando, se torturando.
Ele realmente gostaria de estar na companhia da advogada, mas se isso não havia
dado certo, paciência. Seu mundo não acabaria só por isso, ele não deixaria.
Ninguém tinha o direito de lhe fazer sentir-se mal, nem mesmo ela. Revigorado, mas ainda com
resquícios de irritação e provavelmente ciúme, levantou-se dizendo que não
também ficaria em casa e rumou para o banheiro.
Meia hora
depois os três estavam prontos, Teuk optara pelo estilo “esporte
fino” calça Jeans de lavagem escura, camisa branca e blazer marfim de corte
despojado e lapela levantada que deixavam o detalhe alaranjado e preto da parte
interna na altura da nuca aparecendo. As mangas foram puxadas na altura do
antebraço e dobradas para trás dando mais um ponto de cor azul bebê ao look. E
para finalizar grava com listras brancas e pretas. DongHae era o que tinha as vestes mais
alternativas. Jeans de lavagem escura, e um grosso casaco predominantemente
preto cuja parte da frente possuía uma faixa cinza vertical centralizada quase
que de uma extremidade a outra no peito. Assim como um blazer tinha lapela, mas
essa era mais volumosa, sua parte esquerda seguia de encontro a um zíper
diagonal, dando um efeito sobreposto. Na altura do coração havia outro zíper de
uns dez centímetros, dessa vez horizontal, que escondia um bolso. Da camisa em
um tom rosa bebê apenas o colarinho, mangas e uma pequena parte inferior
frontal eram vistas sob o casaco. Essa tinha três botões abertos deixando uma
correntinha de pingente circular à mostra.
Ao
contrário do que possa pensar, o bailarino se recusou a acompanhar os dois
amigos, decidiu fazer seus próprios planos para aquela noite e eles não
incluíam o coquetel de Josh.
– Tem
certeza de que não quer ir com a gente? – Teuk questionou-o pela décima vez.
– Já
falei que não! Tenho outras coisas em mente, aproveitem a festa vocês. –
respondeu ele dando partida na Kawasaki
Ninja ZX-14 negra, e desaparecendo pelos portões.
– Acha
que isso vai dar certo? – Park perguntou enquanto afivelava o cinto.
– Sei lá,
mas ele já é bem grandinho para se virar, e nós temos mais o que fazer. –
KyuHyun rebateu enquanto engatava a ré e manobrava o carro.
Não levou
muito tempo para que os dois encontrassem o endereço escrito em letras prateadas
no convite. O clube em questão, não muito longe do centro de Vancouver, tinha
uma pequena fila do lado de fora, visto que, para adentrar no local era
necessário passar por um segurança que checava por um tablet se o nome das
pessoas estava na lista de convidados. LeeTeuk ficou dizendo para o programador
que eles não conseguiriam entrar, já que o convite era originalmente para
Santos. Cho já estava para perder a paciência com o pobre ator e dar lhe um
safanão quando o homem alto de voz de trovão chamou-lhes a atenção,
repreendendo-os por tumultuarem a fila.
Os dois
se aproximaram, além do Sr. Voz de Trovão – um negro robusto, de lábios
grossos, porte de boxeador e cabeça raspada – que conferia a lista, havia mais dois
seguranças. Juntos eles pareciam um trio de armários. Ombros largos, porte
físico avantajado com músculos visíveis mesmo sobre as camisas sociais, e uma
altura exagerada para um ser humano normal. O da direita era loiro e o cabelo
cortado bem baixo como a de um militar, o da esquerda moreno, ainda mais
intimidador que os outros, pois tinha um rosto estranho, a falha que tinha em
uma das sobrancelhas não deixavam Park ou Cho muito mais a vontades com a
situação.
– Nomes,
por favor. – pediu o Sr. Voz de Trovão.
– KyuHyun
Santos. – Começou Cho ganhando um olhar enviesado de Teuk. – Estou
representando minha irmã, Priscila Santos... Ela não pode comparecer devido a
um imprevisto.
O homem
encarou Kyu por alguns segundos, tentando entender o vinculo daquele asiático
com a garota, conferiu a lista e havia um aviso feito pela própria Priscila de
que seria representada. Não supondo qualquer irregularidade o homem deu de
ombros e se afastou dando passagem ao programador. LeeTeuk que estava meio
petrificado tentou seguir atrás do outro mas foi barrado.
– E o
senhor quem é?
– Oh!
Eu...
– Querido,
ele está comigo... – Kyu disse em um tom pouco masculino enquanto sorria de
lado enlaçando o braço no do amigo.
LeeTeuk o
encarou sem jeito, entretanto, aos olhos dos seguranças, apenas pareceu
embaraçado pela demonstração de afeto publica de seu ‘companheiro’. Por fim
soltou um grunhido nervoso, que supostamente deveria parecer um riso, e pousou
a mão livre sobre os dígitos do outro que se enlaçavam ao seu braço direito. Os
três homens encararam o estranho casal, o loiro deu sinais de que riria, mas
seu profissionalismo o impediu que o fizesse.
–
Entendo... – o segurança que estava com a lista afastou-se um pouco. –
Aproveitem a noite! – saldou-os por fim liberando a passagem, já se voltando aos
próximos da fila.
– Essa
foi por pouco. – KyuHyun comentou quando se afastaram.
Park
tratou de se desvencilhar do amigo e então o fitou indignado.
– Quer
fazer o favor de me explicar que porcaria foi essa? – vociferou o ator.
– Eu
disse que te colocaria para dentro. – Cho ria descaradamente, claramente se
divertindo com o caso. – Esse foi o jeito mais rápido.
Park
ainda continuou a exteriorizar e esbravejar seu descontentamento com aquilo,
mas calou-se por fim. Eles estavam dentro, e era aquilo que importava.
– Anda vamos socializar, parados
aqui só levantamos suspeitas. – o programador puxou Teuk para uma mesa de
aperitivos. Enquanto caminhavam até a mesma alguns pessoas cumprimentaram
LeeTeuk o que fez Kyu questioná-lo – Você conhece essa gente?
– Alguns sim. – o ator respondeu
acenando para um homem de meia idade que passava por eles. – Já contracenei com
alguns, e aquele era um diretor conhecido.
– Ah! – Kyu às vezes se esquecia de
que embora Jenny, Hae e Teuk trabalhassem em especializações diferentes todos tinham
artes cênicas em comum no seu currículo, e às vezes alguns atores transitavam
entre os trabalhos na TV e musicais do teatro, bem como o contrário. –Se
soubesse que conhecia tantas gatas assim tinha me convidado para uma das festas
do meio há mais tempo – comentou com cara de safado, arrancando uma risada do
outro.
– Sr. Santos?
A voz masculina veio de trás dos
dois que ainda riam. KyuHyun precisou ser cutucado pelo ator para se lembrar de
seus disfarce. Joshua McQueen os encarava com uma fisionomia intrigada. O homem
conhecera o irmão da advogada e se lembrava dos traços de seu rosto, e
claramente, os dois rapazes não poderiam ser comparados ao mesmo.
– Her... Olá! – Cho respondeu um
pouco nervoso.
– Não sabia que a Srta. Santos tinha
mais de um irmão. – Josh foi direto ao ponto, não gostava de ser enganado.
O programador abriu a boca para
falar, mas nada saiu de seus lábios. Vendo que estavam a vias de fatos de serem
expulsos, o que certamente faria Park passar vexame na frente de seus
conhecidos ele se adiantou em responder.
– Somos os roommates dela, e, irmãos por consideração por assim dizer. –
LeeTeuk achou melhor dizer a verdade, ao menos nesse primeiro momento. – Muito
prazer, sou Park JungSoo.
Cho permaneceu calado, amaldiçoando
o amigo por não manter o plano. Já estava esperando que o homem chamasse os
seguranças e lhes chutasse dali. Todavia, ao notar a sinceridade na face do
mais alto, Josh se deteve a retribuir seu cumprimento, e então estendeu a mão
para que o programador apertasse.
– Cho KyuHyun. – disse ele, um tanto
mais calmo.
– Pryh não pode vir à festa por
tinha um jantar de negócios. – LeeTeuk continuou. – Mas achou que seria uma
desfeita não estar aqui de alguma forma, então pediu que nós a representássemos,
e mandou desejar-lhe felicitações e sucesso nessa nova fase de sua carreira.
Park completou, por sorte havia
visto o convite antes de se dirigirem ao local. KyuHyun o encarou escondendo a
surpresa pela forma como ele contornara a situação. Realmente o amigo era bom
atuando.
– Oh! Muito amável da parte dela. –
Josh sorriu para os dois que respiraram aliviados. E então se voltou novamente
para o mais velho. – Por acaso não o conheço de algum lugar?
Teuk então começou a falar sobre os
trabalhos que havia feito, descobrindo mais conhecidos em comum com o
anfitrião. Cho ficou um pouco irritado por não poder colaborar com a conversa
então começou a varrer o salão com os olhos em busca do motivo de estar ali.
Como ela não estava em nenhum dos locais que ele podia observar pediu licença
aos dois que discutiam animadamente e foi circular pelo lugar.
A conversa com Josh fluiu
maravilhosamente bem. LeeTeuk e sua simpatia pareciam capazes de conquistar
qualquer um a sua volta. Além disso, um grupo de garotas que conhecia de
locações de trabalhos anteriores juntou-se a eles em uma mesa, o que acabou em
mais conversa sobre as similaridades e disparidades do mundo do teatro com o
cinematográfico e televisivo. Tudo corria muito bem até que uma delas se
lembrou das habilidades de Park ao piano.
O ator enrolou, deu mil e uma
desculpas, mas depois de muita insistência e um ultimato da parte do anfitrião
da noite acabou aceitando a proposta de tocar para eles. Joshua então foi até
os músicos e combinaram que assim que encerrassem aquela seleção Teuk tocaria.
~~~~*~~~~
Isis e Jennifer estavam sentadas
numa mesa afastada com um dos colegas de trabalho da bailarina sentado entre as
duas. Ele ria de lembranças nostálgicas, tirando sarro de Jennifer por algum
vexame de um musical antigo. A bailarina tinha um sorriso falso estampado na
face, como quem também se divertia com a situação, mas a verdade é que estava
imaginando como poderia afogar o “amigo” na água do arranjo ornamentado do
centro da mesinha, ou enforca-lo usando o tecido prateado que pendia de alguns
pontos estratégicos do teto.
Aishi se divertia em dobro, tanto
por ver a amiga sendo zombada, quanto pela reação interior da mesma, que ao
menos para ela, era bem fácil de reconhecer. Empenhada em não se afogar com o
coquetel que tinha nas mãos enquanto ainda ria, ela passou os olhos pelo local,
dando de cara com o maknae que abria caminho por entre os convidados. A risada
parou no meio, e ela xingou baixo, fazendo com quem Jennifer também procurasse
o que causara aquela reação na maknae.
– Mas será possível?
– Como? – o rapaz ao seu lado
perguntou não entendendo nada.
– Ãm?... Nada, pensei ter visto
alguém, mas... Hey aquela alí é a Cindy. – Apontou para uma loira de corte
Chanel que acenava em direção a eles, melhor momento impossível.
– Oh! É mesmo, Ladys se me dão
licença, à tempos que não converso com ela... Foi ótimo falar com vocês,
aproveitem a festa, e nos vemos daqui a pouco... – o ator e bailarino beijou a
bochecha das duas e se seguiu rumo à loira.
As duas continuaram em silêncio até
estivem fora do alcance dos ouvidos alheios e então se viraram uma para outra,
ambas com olhares nada bondosos.
– O que ele faz aqui? – Jennifer perguntou,
mas a outra ao invés de responder saiu andando de encontro ao penetra.
– Quer me fazer o favor de explicar
que diabos faz aqui? – Isis foi direto ao ponto enquanto usava sua clutch para
acertar o braço do rapaz que se virou surpreso.
Jennifer estava parada logo atrás da
designer e apenas acenou para o rapaz.
– Ganhei o convite. – Cho respondeu,
apanhando uma taça da bandeja de uma garçonete que lhe sorriu sensualmente.
– Ganhou o convite? Sem nem conhecer
o dono da festa? – Isis praticamente rosnou a pergunta.
– Eu não disse de quem ganhei...
Apenas que ganhei. – Cho chegou perto da garota passando os braços por trás de
sua cintura, e se aproximando de seu ouvido. – Eu disse que queria sair com
você essa noite, não disse?
Jennifer também ouviu a pergunta do
rapaz e revirou os olhos. Ótimo, agora ela iria segurar vela? No entanto, após
lhe ocorrer-lhe o pensamento notou que a situação não era assim tão ruim.
Afinal, Isis estava protelando demais para o seu gosto.
– Preciso beber alguma coisa mais
forte, aproveitem a festa vocês dois! – avisou já seguindo até o local em que
haviam montado um mini bar.
– Quer fazer o favor de parar de
joguinhos e me dizer o que realmente veio fazer aqui? – Isis indagou o
afastando.
– Como não aceitou meu convite, tive
de me infiltrar no seu.
– Mas eu não o convidei! E duvido
que Josh o tenha... Ah! Claro! – Aishi ligou os pontos na sua mente, só podia
ter sido Priscila.
Cho riu com a expressão da garota e
antes que essa começasse a dizer mais alguma asneira saiu rebocando-a para o
meio dos casais que dançavam no meio do salão.
– Vamos dançar enquanto conversamos.
– explicou ele ao ver a expressão confusa da garota.
– Mas eu não danço em publico! –
protestou tentando dar um passo na direção contrária, mas Kyu que já lhe havia
segurando sua mão direita e depositado a esquerda sobre o próprio ombro,
aproximou-se de uma forma perigosa, depositando os dígitos nas costas
femininas, na altura da cintura.
– Sempre há uma primeira vez para
tudo não é? – retrucou o rapaz já começando a se mover – Além do mais, essa
musica é fácil de acompanhar, vai se sair bem.
Isis se focou na melodia, um dueto de Michael Bublé e
Nelly Furtado com notas calmas, ritmo suave e relaxante no estilo bossa. Os
movimentos eram fáceis de acompanhar, e mesmo que ela não costumasse dançar,
muito menos numa situação evento como aquele, lhe parecia quase natural a forma
como seu corpo o acompanhava.
Os corpos se moviam em sincronia,
bem próximos um do outros e às vezes as maçãs do rosto dele tocavam as dela.
Aishi fechou os olhos por alguns segundos, inebriando o cheiro de colônia que
dele emanava. O balançar ditado pelo tom dos acordes era vagaroso de forma que
eles pudessem sentir os movimentos, e quase se desligar totalmente de onde
estavam, focando apenas na presença um do outro e na letra da canção,
totalmente propicia para a ocasião.
– Não é assim tão difícil. – Aishi
deixou escapar quase num suspiro, se arrependendo disso logo depois, com a
resposta alheia.
– É porque está sendo bem conduzida.
– Kyu respondeu no seu típico jeito presunçoso.
Isis se afastou abrindo revirando os
olhos ao deparar-se com o sorriso torto na face masculina.
– Então me convidou para dançar
apenas para se vangloriar? – rebateu ela com uma expressão reprovadora, mas com
a voz ainda em tom delicado.
O programador riu e então a girou
pela pista para finalmente incliná-la para trás, de forma que Isis se calou
tanto pelo susto pela forma repentina – porém ainda graciosa – com que ele fez
o ultimo movimento, quanto pela proximidade de seus lábios nos poucos segundos
em que tudo o que separava de uma queda eram os braços dele.
– A convidei pelo simples motivo de
querer sua companhia. – afirmou KyuHyun fitando-a enquanto voltava os corpos a
posição inicial. A declaração valendo não somente para aquela pergunta em si,
mas por todos os planos daquela noite.
~~~~*~~~~
Jennifer conversava com o bartender enquanto
observava de longe Isis e KyuHyun ainda dançando, estava feliz pela atitude, e
em prévia de comemoração quando um burburinho chamou sua atenção. Poderia ter
jurado ouvir o nome Park JungSoo saindo da boca de umas das mulheres que
passaram por ela. Contudo Jenny não achava que a presença dele fosse algo
possível.
“Acho que você
já bebeu demais Jennifer, tá até ouvindo coisa. Onde já se viu aquele
maltrapilha aqui? Ele nem conhece o Josh!” – pensou, brigando consigo mesma mentalmente. Resolveu então pedir por uma água com gás e
ir dar uma volta para ver se ao menos encontrava um conhecido que valesse a
pena.
Toda a sua calma foi por agua abaixo quando a
coletânea de músicas tocadas foi trocada por uma execução totalmente diferente
do que estava sendo apresentado até então. Quando ela olhou para o pianista
quase deixou seu copo cair. LeeTeuk dedilhava as teclas agraciando a todos os
presentes com uma das composições de Chopin. Ele parecia concentrado, mas ao mesmo
tempo se divertindo, e quando terminou essa assentiu para si mesmo, como que
aprovando o instrumento. Uma breve salva de palmas repercutiu no local, e ele
olhou para os convidados sorrindo envergonhado, até que seus olhos se cruzaram
aos da bailarina, que estava embasbacada pela a presença alheia.
Park então sorriu, da forma mais doce que ela já
vira até então, sorriso esse que era claramente direcionado a ela e então
voltou-se novamente ao piano. A fisionomia concentrada voltando a marcar
presença, suspirou e passou a dedilhar uma nova sinfonia. Dessa vez mais lenta
e enternecedora, Jennifer reconheceu quase de imediato à melodia de uma das
criações de Charlez
Aznavour.
LeeTeuk, definitivamente não poderia ser tratado
como apenas um rosto bonito, ela já o vira nos ensaios que ele fazia ao passar
o roteiro e sabia do profissionalismos dele, mesmo que não admitisse. Mas,
agora, o vendo cantar, e mais que isso, vendo quão bela e comovente a voz dele
podia ser ela não sabia nem ao menos como reagir. Pela primeira vez Teuk havia
deixando-a sem reação alguma, tudo que Jennifer conseguia fazer era observá-lo
hipnotizada. Park parecia sentir cada silaba dos versos que cantava,
transmitiam em seu timbre os sentimentos de uma das mais belas canções que ela
conhecia.
Antes que pudesse se quer perceber, ou evitar,
lágrimas atrevidas escaparam de seus olhos, ela não podia controlar. Era como
se a voz dele reverbasse em seu coração, o fazendo bater daquela forma
descompassada com que estava pulsando, como se as emoções lhe fossem grandiosas
demais para ser apenas sentidas, e precisassem de provas palpáveis de sua
existência.
As pessoas costumam dizer que boas musicas nos
fazem arrepiar e as melhores nos causam choro; mas não é simplesmente isso.
Somente aquelas que apresentam um real significado na mente das pessoas que a
ouvem, e atrevo-me a dizer, das que a interpretam é que são capazes de fazer
com que tal reação seja alcançada. É preciso sentimento para tal êxito.
Principalmente de uma maneira tão intensa como estava acontecendo.
Por um segundo, apenas pelo tempo em que
LeeTeuk, que também tinha os olhos brilhantes, a observou, sustentando seu
olhar, enquanto deixava que só a melodia ecoasse, ela teve certeza de que a
escolha da musica não fora aleatória. De que o motivo de ele encará-la daquela
forma era porque queria que Jenny realmente prestasse atenção à letra. Que
talvez devesse entender o que as entrelinhas estavam tentando lhe contar. Então
Park voltou a cantar, com uma entrega tão grande ou maior do que antes. E a
cada verso Jennifer ficava ainda mais presa a aquele sentimento. A cada nota
mais perdida em um mundo que ela achara que não voltaria a visitar.
Perguntou-se então se aquele "ela" da canção tratava-se dela,
Jennifer, a bailarina que só fazia implicar com LeeTeuk. Será possível apesar
de todos os transtornos de convivência que eles tiveram ela poderia causar-lhe
tais sentimentos, e que aquilo tudo não fosse apenas uma dramatização que o
ator fazia?
Park cantou o ultimo verso da
canção, mais uma vez sorriu envergonhado e então voltou a encarar a garota.
Daquela forma que fazia de vez enquanto, transmitindo calor com os olhos.
Palmas ecoaram pelo local e ele fez uma mesura em agradecimento, e então deixou
o piano, indo em direção à bailarina.
– Você está bem? – perguntou ao
perceber que ela chorava. Limpou-lhe as lágrimas com os polegares, passando os
braços pela cintura dela e a levando até uma mesa. – Jennifer?
– Eu... Estou. – disse por fim,
olhando para as próprias mãos. Queria dar-lhe uma das respostas de sempre, mas
nem isso estava conseguindo. Havia coisas demais em sua mente. Pensamentos e
anseios demais para uma noite só.
Park ficou preocupado, não era
normal, e ironicamente, não lhe parecia certo ter uma versão dócil de Jennifer.
– Quer alguma coisa? Talvez tomar um
ar? Aqui está abafado e calor com tanta gente junta. Quer se sentar no jardim
eu te levo até lá... Se quiser nem fico perto. – ele falava rápido. Não pensara
numa reação como aquela quando estava cantando.
Jennifer acenou e então eles
caminharam juntos até a área externa. Um jardim de inverno anexo ao salão em
que estavam. Havia mais duas pessoas no local, mas logo se dispersaram. Teuk
sentou-se com Jennifer num dos bancos e depois que essa se acomodou fez menção
de sair, mas foi impedido por um reflexo involuntário da garota que o fez
sentar-se ao seu lado.
– Porque cantou aquela música? – a
pergunta saiu dos lábios dela sem que pensasse direito sobre. Aparentemente
Park era bom em deixá-la pouco racional.
– Eu... Foi a primeira que veio a
minha mente... Lembrei quando te vi. – ele deu de ombros, confessando. Não era
o único que sofria tinha problemas com o filtro cérebro-boca por causa da
presença alheia.
– Então...?
Jennifer o encarou, não conseguia
verbalizar uma questão especifica, ou algo coerente. Provavelmente por nem ter
ideia de quais eram as perguntas a serem feitas. LeeTeuk também não disse nada,
apenas manteve-se observando os olhos da garota. Não tinha o que dizer, ou ao
menos não sabia como deveria dizer. Palavras podem ser complicadas demais para
definir coisas quem nem mesmo ele compreendia. Talvez gestos pudesse ser uma
melhor saída. Então, lentamente ele foi se aproximando do rosto dela, deixando
que seus olhos se fechassem enquanto os lábios se chocavam.
Jenny não ficou surpresa ao notar o
que ele faria, havia previsto o momento assim que a pergunta fora feita. De
alguma forma tinha consciência que depois daquela musica o beijo aconteceria
mais cedo ou mais tarde. Logo, entreabriu os lábios deixando que a língua de
Teuk se juntasse a sua, experimentando e descobrindo o gosto dele, enquanto os
róseos se moviam de forma lenta. Um se adaptando ao ritmo do outro.
Os braços dele a puxaram para junto
de si, fazendo com que a garota sentasse sobre seu colo, enquanto ela por sua
vez entrelaçava os dedos pelos cabelos adoravelmente macios dele. Ambos
sentindo uma maior necessidade do sabor um do outro, se provando com mais avidez
e desejo. Separando-se apenas o necessário para respirar e chocando as bocas
novamente, para mais uma rodada de sensações.
~~~~*~~~~
Nota da Autora: As leitoras Team
Bailarino de plantão. Antes que queiram me mata por ter tão pouca presença
desse couple no capitulo, eu me justifico. O cap já estava com praticamente 10 páginas
só com as outras cenas! E os outros dois casais mereciam ser bem explorado,
além disso acho que também andaram suspirando pelo ator lindo tocando, porque
eu realmente morri com ele. Como disse as meninas no inbox, nem parece que fui
eu que escrevi kkk
Agora para as Team Mr. Perfeição. Vocês ainda tão viva? Jennifer o coração tá batendo? Alguém chorou? Pergunto isso porque essa musica me leva a lágrimas sempre, é linda, e uma das que eu mais gosto. Quase tive um infarto quando vi que “She” era o solo do Teuk do SS4, sério.
E por ultimo mas não menos importante. Quem adorou as cenas do monstrinho medonho? Escolhi outra musica amorzinho pra vocês, espero que tenha gostado. Isis dê sinal de vida pfvr!
Pois bem garotas vou ficando por aqui, a próxima att já ta com a parte do casal principal escrita, só não entrou nessa porque eu precisava – e ainda preciso terminar de – desenvolver o plot dos outros dois casais. Quero agradecer a @LeleChou por ter paciência de ficar me dizendo se as cenas tão boas e aguentar toda o açúcar da fic e ainda gostar disso. Thanks Omma ♥ Agradecimento especial também as Thaila linda que me atura surtando sempre e ainda ajuda com os erros que eu deixo passar. E um super beijos as leitoras fofas que vem falar comigo no Twitter, Ask e Face. Adoro interagir com vocês ♥
Okay, parei com o testamento. Até a próxima, me amem ou me odeiem no Ask ou Twitter!!
Agora para as Team Mr. Perfeição. Vocês ainda tão viva? Jennifer o coração tá batendo? Alguém chorou? Pergunto isso porque essa musica me leva a lágrimas sempre, é linda, e uma das que eu mais gosto. Quase tive um infarto quando vi que “She” era o solo do Teuk do SS4, sério.
E por ultimo mas não menos importante. Quem adorou as cenas do monstrinho medonho? Escolhi outra musica amorzinho pra vocês, espero que tenha gostado. Isis dê sinal de vida pfvr!
Pois bem garotas vou ficando por aqui, a próxima att já ta com a parte do casal principal escrita, só não entrou nessa porque eu precisava – e ainda preciso terminar de – desenvolver o plot dos outros dois casais. Quero agradecer a @LeleChou por ter paciência de ficar me dizendo se as cenas tão boas e aguentar toda o açúcar da fic e ainda gostar disso. Thanks Omma ♥ Agradecimento especial também as Thaila linda que me atura surtando sempre e ainda ajuda com os erros que eu deixo passar. E um super beijos as leitoras fofas que vem falar comigo no Twitter, Ask e Face. Adoro interagir com vocês ♥
Okay, parei com o testamento. Até a próxima, me amem ou me odeiem no Ask ou Twitter!!
eu lendo a fic...
ResponderExcluirahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
qe show..
ja era horas desse beijo acontecer........
teuk meu bofe.........vai qe é tua..
ai como seria assitir um filme...hummm...
amei eles com ciumes..ficar bisbilhotando as garotas..cuidando do que é seu..
kyuhyun seu saliente...vc see a-cha d+ tá pro meu gosto..
amei esta muito legal...